6.9.07

Mais, dos machos

Homem esperto demais leva chifre
A todo instante me ocorria uma história, de alguém esperto demais, invariavelmente homem, e a resposta feminina dócil e brutal, um exemplo de paradoxo em construção. Mulher traída, já disse Jabor, tem um ar de santa, já homem, meu Deus, é patético. Verdade, homem chifrudo é uma espécie de Bozo Social, todo mundo comenta, ri pelas costas, mas quando chega na frente, lamenta a perda do amigo, blá, blá, blá… Homem demora a se resignar com uma boa e bela chifrada. Bebe, arruma briga, chora e assim sucessivamente, nem sempre nesta ordem. Mulher não, observa cuidadosamente, trama como alguém que jamais fez outra coisa e quando dá o bote não é com qualquer um, é sempre com aquele que nos ofenderia mais, talvez o melhor amigo, quem sabe o mais bonito ou o mais rico, tudo isso é magistralmente aferido pela mulher e sua vendeta, respeitando meticulosamente o ponto fraco do “esperto demais da vez”. É por essa e por outras que é praticamente impossível não amar uma mulher, esse bicho tão diferente de nós...

Homem bonzinho é o ó!!!
Para ela não há nada mais broxante do que um homem bonzinho, ela afirma categoricamente que eles são a companhia mais desagradável para qualquer tipo de mulher, seja ela dama, puta, adolescente, lésbica ou tarada mesmo. A teoria de Veruska baseia-se na idéia central de que homem bonzinho não trepa nem faz amor, faz sexo; homem bonzinho não procura terrenos inexplorados, se contenta com a estrada pronta e a terra arada; homem bonzinho é como um agasalho, não tem coragem de atrapalhar como um cara mala, mas se você não está usando ele é um saco ter de carrega-lo ou amarra-lo na cintura. Homem bonzinho é o meio do caminho, não fode nem desocupa a moita, apenas está lá com aquela cara de boi sonso e uma eterna onipresença lânguida que não diz a que veio.

Gordo, blog Macho Pero No Mucho

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