Muito obrigada por este bocadinho

Amigas:
Estou toda destruída! Não é caso para me matar, é certo (se não tê-lo-ia feito no dia em que percebi o nome que os meus queridos pais me deram à nascença), mas é caso sério. Caso para me maçar, perturbar, chatear, agastar, arreliar e todas as palavras que a minha avó gostava de usar quando estava zangada. Falo-vos da minha vida sexual que, como vocês bem sabem, anda pelas ruas da amargura. Cada dia que passo “insfibrilo-me” cada vez mais, que é como quem diz: passo-me completamente dos carretos (uatéver dét fakinmins!). Já vi gatas na época do cio com comportamentos bem mais normais do que o meu. Trepar paredes é uma coisa normalíssima perto do que se está a passar comigo. Nem “bo-los” digo. Eu sei que não devia estar a falar disto assim no blog, mas também já não quero saber. O desespero é tal que perdi a noção do privado e agora conto tudo a toda a gente. (No outro dia contei tudo à velhinha que ia ao meu lado no Metro, que se estava nas tintas e a ler a Lux - que trazia um excelente artigo sobre “O Estilo Extravagante de David Motta”, que deixo para a Tia comentar as “roupixas” do moço). Como ando mal, todas as noites sonho com viagens a Moçambique e com sítios tropicais onde os homens são uma barra. Pior: passo os dias a comer barras de chocolate para ver se compenso isto de ter carências "intero-afecto-pro-sexuais". E, como se não bastasse, hoje de manhã pego na Agenda Cultural de Lisboa e vejo que na Associação Pro.Dança existem cursos de Flamenco, Jazz (desculpas à Elle que tem fobia a este género musical), Danças Orientais e Barra no Chão! Curso de Barra no Chão? Vou já inscrever-me!
Mais não digo e muito obrigada por este bocadinho.
Da vossa e sempre amiga
Mirita Casimiro