Já chega!

Meninas, decoro. Esses vossos bichinhos são mesmo difíceis de travar. Credo! Deixem lá “os dentes”, coitada. Não batam mais no ceguinho. Perdoem, «dêem a outra face». (Se bem que neste caso, só porque é difícil acertar-lhe em algum lugar que não sejam os dentes). Bem, a mulher já é feia como um cacto, antipática feito bicho com dor, inqualificável, arrogante, desproporcionada, deselegante, mitómana, o “complexo”, a “chantagem”... bolas, não chega de qualidades? Larguem-lhe lá os dentes. Ai os dentes coitada... Sempre há plásticas, mas há danos irreparáveis – imaginem desbastar “aquilo”. Faz-me lembrar a anedota do «Tiram-se corcundas com um limão.» «Com um limão?» – pergunta um interessado. «Não, queria que fosse com uma liminha...»

Coitada, deixem-na lá. A mulher já é um colosso de esdrúxulo, sofre com os dentes; sofre com o corpo em pêra; não vê os pés, sofre da coluna e não há soutiens para o número dela; quando vai à praia não consegue afundar; não arranja quem lhe pegue, os homens tocam e fogem, dando-lhe a alcunha de “arranca prepúcios” – ou “arranha”, já não me lembro; quando vai ao restaurante pedem-lhe ajuda para “pescar” sapateiras ou “abrir” garrafas com caricas mais difíceis; tropeça – sistematicamente – nos dentes, nas calinadas e nos erros ortográficos, já para não falar dos pontapés na gramática; é a mais feia das amigas, os irmãos não lhe falam, e a mãe não lhe dá beijos pois não aguenta mais suturas; toleram-na, porque já não a suportam ouvir (e a falar sempre arranha qualquer coisa); tem a graciosidade de um rebento de soja; a amabilidade de um cão com raiva; a subtileza de um gato no cio... para além da total “inaptabilidade” para relações humanas! Querem mais? Sim, há mais... Mas tenham piedade, já chega.