1.5.07

Arlug















Esta noite sonhei que estávamos as quatro numa praia fantástica a apanhar sol, a beber caipirinhas e a rir à gargalhada. Por momentos pensei que fosse na Bahia, mas de repente, comecei a reparar que as pessoas falavam uma língua estranha. Parecia um código ou lá o que era. Tudo começou quando apareceu o senhor dos gelados que nos disse com o ar mais natural do mundo: "Arlug". O senhor do queijo chegou perto de nós e também disse: "Arlug". Fui à barraquinha perto da praia encomendar "arrumadinho" e o senhor do balcão só dizia: "Arlug".
"Arlug, Arlug." Aquilo era-me familiar. Depois percebi tudo: estavam a falar em linguagem de telemóvel. Só não sabiam funcionar com a escrita inteligente. Por isso saiam aqueles sons estranhos.

À noite, ainda nessa mesma praia, reparámos que havia uma festa ao longe. De repente já estávamos as quatro a dançar no meio dos "Arlugs" (era assim que os chamávamos). Não sei porquê aparece o Brad Pitt que me puxa para dançar com ele. (Maibelha: juro que não estava a sentir nada!) Não sei porquê mas o Brad Pitt não parava de me dizer ao ouvido: "Arlug, Arlug". Vai daí, pergunto-lhe: "Ouve lá Brad, o que quer dizer arlug?". Ao que ele me reponde: "Não sabes? arlug quer dizer: Fim."
Mas o pior da história ainda está para vir: O Brad Pitt mostra-me uma caixa. Era um presente para mim. Estranhei o olhar dele mas abri: era um daqueles trapatonis que nós vimos ontem (aqueles que o tico e o teco não aguentam) e começou a cantar aquela música "#*# in a box"! Eu fugi.
Freud explicava isto... Arlug.

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