13.11.07

Obligada [com ranho no dadis]

Estive doentinha. Do cu quente. De manha, ronha, no quentinho. Com a cabeça metida na areia. Tapada. A dormir. Mas o meu queridinho tratou de mim. Deu-me comprimidos, jantar, almoço, lanche, ceia, na caminha... de tabuleiro. Deu-me flores. Fez leite creme. Deu-me beijos e mimos. Muitos mimos. Tratou do adolescente, da casa, levou a mais nova ao hospital, sem eu saber (outra vez alergia ao chocolate), lavou-lhe e secou-lhe o cabelo, fez-lhe um penteado, fechou as portas para não haver ruído... e ainda foi trabalhar. Eu, para variar, esqueço-me do óbvio. Do óbvio ululante. Dizer, apenas, obrigada. Doze anos dão-nos esta insustentável leveza de estar e de achar que o outro deve cuidar de nós. Acho mal. Obrigada, F. Obrigada por estares aqui e obrigada por existires, assim, na minha vida.

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