Gabriel Olim, o iluminado
Mas por que considera que ser homossexual é ter um comportamento de risco? A pergunta não devia ser: Fez sexo desprotegido, independentemente da orientação sexual?
Todos os dados apontam no sentido de haver uma maior liberalidade do comportamento das pessoas que têm sexo com outros homens. E vou evitar usar a palavra homossexual, porque parece que não é politicamente correcto. Por causa do politicamente correcto, quase nos falta palavras para usar. Não posso falar de selecção de dadores, que me chamam Hitler. Nós não temos absolutamente nada contra os homossexuais. A doação de sangue é feita sem olhar a religião, a partidos, a nada. É feita porque há pessoas que precisam dela. Todo o esforço tem que ser o de encontrar o melhor sangue. Mas então toda a Europa, todo o mundo está enganado? Países muito liberais, como a Holanda ou a Suécia, estão enganados quando dizem que esse comportamento é de risco?
Qual é a pergunta que faz com que a exclusão seja pelo comportamento e não pelo facto de serem homossexuais. É-lhes perguntado se usam ou não preservativo?
Pode ser perguntado. Temos dezenas de médicos a fazer rastreios, cada um tem a sua técnica. É evidente que não podemos hostilizar o candidato, mas precisamos que tenha a certeza que não põe o receptor em perigo. Só seleccionamos o sangue que temos quase a garantia que é o melhor sangue.
Mas qual é exactamente comportamento de risco nos homossexuais que faz com que sejam excluídos?
Múltiplos parceiros, relações não protegidas, fazer sexo oral e anal.
Assume que há uma descriminação, mas justifica-a por segurança.
Não discriminamos. Mas temos por obrigação garantir que fazemos tudo pela segurança. Mesmo sendo injustos para algumas pessoas que poderiam dar sangue mas que, na dúvida são excluídas. A malha é muito apertada. Quando uma pessoa se apresenta assumidamente como homossexual e quer dar sangue, eu interpreto como uma provocação. Quem quer vir dar sangue não vem com esta atitude.
entrevista ao presidente do Instituto Português do Sangue
jornal i, Publicado em 30 de Julho de 2009
Etiquetas: [P] em MOCA DE RIO MAIOR
5 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
Assusta-me um profissional de saúde, esclarecido, que preside um instituto desta importância, não saber a diferença entre promiscuidade e orientaçao sexual.
"Múltiplos parceiros, relações não protegidas, fazer sexo oral e anal."
Mas afinal, só os gays fazem?
Assim vamos longe... E, Biba Portugal!!!!
:D tadinho!
Ora bem: "Todos os dados apontam no sentido de haver uma maior liberalidade do comportamento das pessoas que têm sexo com outros homens". Portanto, os homossexuais estão excluídos, pois fazem sexo com outros homens. As mulheres que fazem sexo com outros homens também estão excluídas. Portanto resta-nos... ninguém! R.
eu por acaso concordo com o homem numa coisinha:
Quem vem dar sangue não se apresenta como homosexual. Apresenta-se, como um dador cheio de sanguinho bom para dar, mais nada. Conheço muitos homossexuais, dou-me até muito bem com eles, são pessoas geralmente mais cultas e interessantes que os restantes homens, diga-se de passagem. Mas precisamente por os conhecer digo, eles nunca entrariam no consultório de estandarte gay em riste. Eles são pessoas, e como qualquer outra pessoam, fazem o que lhes apetece e ninguem tem nada com isso. se são homo, são sim senhor, e alguns se pudessem ate eram casados. Por isso, a questão da atitude até me parece um bom filtro. O mal é que também deviam ser logo filtrados os de brinco na orelha, os que usam calças descaidas, e em geral todos os que se gabam de rodar a escola/trabalho/bairro todo.
(voltei hj das férias - take 1, vou comentar tudo por aí abaixo, beijinhos)
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