Custa tão pouco
Lá estava eu, às nove da manhã, perante 25 pares de olhos, a contar a história preferida da minha filha. Durante o fim-de-semana arquitectei várias escapatórias possíveis - inclusive partir um bracinho -, mas não me livrei. A MJ estava eufórica. Fez um power point e tudo. Fez desenhos, contou a história à sua maneira, ensaiou. Eu nada. Hoje de manhã estava tão contente a arrumar o laptop e os desenhos, a contar-me como deveria ler a história, para não fazer vozinhas aos personagens, para não ler os travessões e para fazer de Charlie - o irmão mais velho de Lola, a sua personagem preferida dos livros de Lauren Child. Comoveu-me. Lá fui, encarei os 24 coleguinhas mais a professora que tirava fotos. Fiz a voz de Charlie - sem “criancices” -, dei as deixas, perguntei aos coleguinhas se também não gostavam da “hora de ir para a cama”, mostrei os desenhos da MJ, falei com a professora e deixei a minha filha fazer tudo o resto. Ela dançou, ela pulou, ela imitou os dois cães bailarinos de pijama. No fim, os amiguinhos bateram palmas e ficaram a ver os desenhos da Maria. Antes de sair, ganhei um abraço da minha filha. Custa tão pouco fazê-la feliz.
Em baba: A professora disse-me que a MJ tem uma imaginação prodigiosa. Que é muito criativa e inteligente. E, sobretudo, que é uma criança alegre.
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