31.7.08

Vícios

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Depois de "Roça-Roça", agora "Troca-troca"

Alguns excertos:

Quando alguém pensa em nós, isso ajuda-nos a encontrar um lugar no mundo, mesmo que esse lugar seja na porta dos fundos. Daí que a mania do troca-troca de mensagens se tenha tornado uma obsessão para tanta alma desocupada, solitária e desiludida, que deambula pelo mundo dos vivos à procura de um momento mágico que a retire do limbo emocional que também dá pelo nome de vazio.

A arte do troca-troca – muito útil para quem gosta de ping-pong mental e consegue antecipar no prazer de uma boa troca de galhardetes verbal um belo fim de semana de ringue na horizontal – deve ser cultivada com mestria, tal e qual como a arte do toureio, sem esquecer que tudo tem uma temporada e que a margem de sucesso nunca é de 100%. É como um cavaleiro na arena; ele nunca sabe que tipo de toiro se cabe em sorte: se é bravo de natureza, manso, falso, frouxo ou maluco.


Por Margarida Rebelo Pinto

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Los abrazos rotos



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A garrafeira da P e do Diquinho

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30.7.08

Coisas que nos fazem sentir cota [2]


Uns posts atrás a R escrevia sobre as coisas que confirmam a nossa adiantada idade. Eu e, para confirmar a minha “antiguidade”, descobri que a Turma da Mónica - banda desenhada que fez parte da minha meninice - cresceu!
Agora a Mónica, a Magali, o Cascão e o Cebolinha são adolescentes. O Cascão já toma banho de vez em quando, o Cebolinha só troca os erres pelos elles e já não quer ser o rei da rua, mas sim, o rei do mundo. A Mónica apesar de continuar dentuça, já não é gordinha, nem baixinha. E os seus problemas são sex, drugs and rock and roll… tou em pranto!

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29.7.08

Jogos Olímpicos terrestres


Depois de proibir um sem número de objectos dos estádios, o governo chinês decidiu agora proibir "objectos voadores" dos céus de Pequim durante os Jogos. Pequenos aviões, balões e afins somam-se aos helicópteros (com excepção dos militares) na lista de objectos proibidos de voar nos céus da capital.

Não vá o diabo tecê-las, ainda aparecia uma faixa a dizer “Libertem o Tibete!”.

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Ar pouco olímpico

Jogos Olímpicos enevoados, faltam 10 dias para a inauguração dos jogos e as autoridades chineses preparam um plano de choque para reduzir os níveis de poluição que inclui o encerramento de fábricas e a proibição da circulação automóvel. Será que percebemos bem, em 10 dias os níveis de poluição vão baixar – 10 dias. Estes chineses são loucos.

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24.7.08

Ah, bahias

Quem aparecer ouvirá, quem não for – esqueça. Não vou repetir. Logo à noite vou contar as histórias de Lailai, Alaíde Melo, candidata a vereadora da Periferia, cujo eslogan é «eu não quero que votem em mim, quero que botem em mim». Mais sua assistente Mércia que diz «com essa chapa ela vence». As duas únicas personagens hetero que conheci nesta Bahia. Quase mentirinha. Quase... Mércia quer mudar o nome do Beco da Emergência – a rua brega lá do sítio, a zona da luz vermelha – para Ajuda da Onu. «É preciso ter muita fome.» Duas duquesas mulatas, podres de boas e sempre prontas a dar. Histórias e mais histórias. A de Lailai em um motel perante um colosso de um metro e oitenta – esqueçam branquelos, Dona Lailai só gosta de «morenos» – «o bichinho de meio quilo de beiça lilás começa a tirar a roupa, todo sarado. Pior é que não tinha rola, pica ou pinto. Tinha pintinho mesmo. Eu morguei. Morguei, só podia. E quando ele me perguntou onde quer que coloque eu mostrei para ele o ouvido – o único buraco onde aquilo podia surtir efeito. Coloque aqui, aqui.» Já Mércia, em plena Ribeira, apanhou um metro e oitenta «de redentor». «Menina, fiquei entalada. Nem para cima nem para baixo. Abalante. Abalante.» Ou a história de Rubensildo, outra bichinha descolada, em pleno acto, com seu coadjuvante gritando «não coloca, não coloca», enquanto ele, ele já tinha colocado TUDO! Mais a história do professor Dominador das Dores todo ele um tesão não fosse repetir constantemente «jécicio», «agora é hora de fazer jécicios», brochante. Ah, e aquele moreno, todo bom, que passava a mão em nossos cabelos. «Ele é bichinha, mas é muito conservador», «ah tá» responde prontamente dona P, «você leva no cu e é conservador?» Ou da mãe que açoitava a criança, «burra, burra, plaf, pluft, a quem você sai, burra, agora escreva, C, A, Z, A, plaft.» Ou a história de Rafael Alexandre – O Indigente, um ano sem nome, um ano. Um bichinha pai-de-santo todo bonitinho. É, logo vou contar as histórias dos bichinhas todos que conheci nessa Bahia demasiado gay, nas saídas à Ribeira, Peri-Peri, à Off, ao Originalis, ao Beco dos Artistas, ao teatro Castro Alves ver as Terças Insanas, «dar eu dou, eu não sou é comida» gritava a louca do tpm. Vou falar da chapinha e das horas que elas levam a esticar o cabelo. «O meu cabelo!» Mais a moda do megahair. Cabelos falsos, mas lisos, lisos. Ah e a moda do créu. O créu. «Meu deus, o créu». Vejam no youtube os morenos a dançar o créu. «Jesus.» E o forró na rua, o samba de roda no Pelourinho. As bermudas, os calções, o chamar para beijar, os corpos malhados, as caipirinhas na praia. Créu. É só vou contar sacanagem, que é para isso que existem as quintas. E contar de Dona Suma Maria que quando não está a fim «dá a bunda». Dos novos «consolos» (leia-se vibradores), pequenos, pequeninos, de levar na mala para qualquer «precisão». É, vou só contar merda, micharia. Das saídas, das noitadas, de putaria. Para aqui para o blog deixarei a outra Bahia. A limpa e suja. Encardida. Feia até. Mas à qual me é difícil dizer adeus. A dos amigos como Eva – Evandro – dos serões em casa batendo papo, da humidade, do calor, das paisagens deslumbrantes, comoventes. Uma Bahia a que já não pertenço. Ou que não me pertence mais? Uma bahia cheia de desconhecidos. De corpos bonitos, cheirosos. Uma Bahia de gritos, de risadas altas, de fuxicos que não me dizem respeito. Coisas da vida, do dia-a-dia. De uma Bahia que não quis morar. Viver. Compartilhar. Ai, Bahia. Como ainda te amo. Teu cheiro de jabuticabas. Doce. Intenso. Enjoativo. Quase suor. Seus becos imundos. Suas casas feias, sujas. Seu desperdício. Seu mar revolto, porco, por causa do Inverno. A Bahia e os seus modos. Suas maneiras. Seu despudor. A que come de boca aberta. A que atira papel no chão. Você me avilta. Me xinga. Me faz snob. E você não usa talheres. Gaurfos, como lhe chama. Aquela Bahia mulher. Que me chama, me atazana. Faz minha cabeça. A que se engala. Não se esconde. Se expõe. Mostra a celulite. Seus altos e baixos. Suas peles caídas. A Bahia que faz a unha que depois suja. A Bahia da porra a toda a hora. Ai Bahia, como eu gostava não amar você. Mas essa Bahia, essas Bahias, eu posso contar. Vos contar. Aqui. Agora aquelas historinhas cheias de sacanagem, só logo à noite. E quem for, ouvirá.

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Mais um nome para a vossa lista

Pois Ethan Hawke foi pai pela terceira vez e de uma menina que se chamará Clementine Jane Hawke.

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22.7.08

Já me tentei matar por muito menos

Atenção, este post pode ferir os mais susceptíveis.


Eu e a R temos em comum uns dos nomes mais horrorosos/pirosos/foleiros do mundo, de tal maneira que nos recusamos a dizer, escrever e muito menos assinar. Cada vez que nos lembram e, falo por mim, chego a ter raiva dos meus pais, é que por mais que puxe pela cabeça não consigo arranjar justificação para tamanha desgraça. Chega a ser maldade! Ou então a droga que os nossos pais insistem que não tomavam estava toda alteradinha.
Assim tornámo-nos umas hipersensiveis no que se refere a este assunto, a nossa opinião devia ser legislado e os infractores sujeitos a fortes condenações.

Por favor antes de porem nomes aos vossos filhos, afilhados e afins pensem nas consequências que isso acarreta, sei lá, assim de repente vem-me à cabeça que É PARA O RESTO DA VIDA, TÁ!

Antes de irmos directamente à nossa lista - que para nós é um assunto muito sério - devo começar por vos dar a conhecer alguns dos nomes que as chamadas celebridades do nosso mundo acham bonito colocar aos coitados dos desgraçados dos filhos. Vamos começar, com direito a prémios e tudo:

Prémio - Não há bela sem senão
Knox Leon e Vivienne Marcheline Pitt-Jolie

Prémio - Só podia dar em divórcio
Valentina Paloma Hayek Pinault

Prémio - Para a próxima bebemos menos
Sunday Rose Kidman Urban

Prémio - Quantas mais pior
Daniela, Martina e Stella Svedin Figo

Prémio - Não se pode ter tudo
Aurelius Cy MacPherson Busson

Prémio - Improvisar, só no cinema
Maya Ray e Levon Roan Thurman-Hawke

Se não é de matar cães a grito, digam lá! Sejam sinceros... havia necessidade!?

Em breve e, a pedido de várias famílias publicaremos a "nossa" lista que tem por título "Já me tentei matar por muito menos".

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pode ir armando o coreto...

chego amanhã ponto tap 156y ponto 6 da manhã ponto não levo presentes ponto que tal um almoço na praia do tamariz ponto de interrogação com caipirinhas vírgula claro ponto até já ponto assina a tia

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Lenda da Praia do Guincho

Um pouco para além de Cascais situa-se um forte abandonado, construído sobre as ruínas de um antigo castelo.

Há muitos séculos atrás, no tempo de el-rei D. Afonso II, vivia nesse castelo um jovem nobre, corajoso guerreiro, como o fora seu pai, e piedoso cristão, tal como sua mãe Tanto o pai como a mãe tinham morrido há pouco tempo, o que contribuía para um certo desamparo e solidão de D. Pedro de Portugal.

Nesses tempos antigos era-se considerado homem ou mulher numa idade que hoje nos parece inconcebível. Aqueles que consideramos agora como adolescentes, eram, naqueles tempos, considerados homens prontos a enfrentar toda a casta de dificuldades da vida civil ou guerreira.

D. Pedro era, portanto, muito jovem, mas já cavaleiro das hostes reais e muito em idade de tratar da sua vida privada, apesar de órfão. Assim, vamos encontrá-lo a reorganizar a vida do seu castelo, já que se estava em tréguas com os mouros e não havia ocupação guerreira à vista.

Necessitado de serviçais no castelo, mandou arrebanhar pelas cercanias quantas donzelas e donzéis os seus homens achassem. Entre as raparigas que certa noite chegaram ao paço de D. Pedro encontrava-se Dulce, filha de pobres pescadores dos domínios do senhor. Era, tal como a maior parte dos outros, apenas uma criança de cerca de oito anos. Mas, se a maioria seguia com alegria e satisfação os homens de D. Pedro, pelo que isso significava de fartura de pão para a boca e roupa para o corpo, Dulce, pelo contrário, acompanhava-os tremendo de medo e saudade de seus pais, chorando silenciosamente.

Foi D. Pedro, que estava no terreiro do castelo, quem recebeu aquela revoada de gente. Encaminhou-os para as cozinhas ao mesmo tempo que os observava um a um. Quando chegou a Dulce e a viu em tais prantos, o seu coração apiedou-se e perguntou:
- Porque choras? Não vês que todos sorriem contentes?!
- Quero voltar para casa...
- Mas porquê, se aqui vais ficar melhor que lá? - Quero os meus pais... Vou ter saudades...
Enterneceu-se D. Pedro, que, passando a mão sobre os cabelos loiros de Dulce, à laia de afago, lhe disse:
- Mais uma razão para ficares aqui. Eu também tenho saudades dos meus, que já morreram. E como não tenho irmãs ou irmãos que me façam companhia, gostaria que aqui ficasses para conversarmos ambos sobre os nossos pais. O que achas?
- Bem... assim, pode ser!...

Dulce ficou Muitas horas do dia passava-as com D. Pedro conversando de mil e uma coisas sem importância para os outros, fundamentais porém para ambos. Passaram muitos meses e a intimidade entre os dois aumentava de dia para dia, ao mesmo tempo que cresciam as invejas e inimizades disfarçados das outras servas do castelo. O trabalho de Dulce era acompanhar D. Pedro para todo o lado, como um cãozito fiel. Enchia-lhe a taça de vinho, escolhia-lhe os melhores frutos e até, por vezes, lhe cortava os nacos de carne que levava à boca. E, sem se darem conta, habituaram-se tanto um ao outro que já não podiam estar dia separados.

Em frente ao castelo havia sempre uma tenda preparada para receber e albergar os mensageiros de novas lutas. Certo dia chegou à tenda um cavaleiro que vinha com uma mensagem de D. Soeiro, bispo de Lisboa, para D. Pedro de Portugal.
Deslocou-se o senhor à tenda e aí lhe comunicou o recém-chegado que as hostes estavam quase prontas para correrem sobre Alcácer do Sal, a mais poderosa fortificação moura, fronteira ao Reino.

Apanhado subitamente por esta notícia, que significava ter de se ausentar do paço e de Dulce, D. Pedro pareceu vacilar. O mensageiro, pensando tratar-se de um movimento de cobardia, semi-sorriu de desprezo.
D. Pedro, porém, estava atento e, percebendo o que se passava no interior do mensageiro, ergueu os ombros e bradou:
- Senhor, tende cuidado com os esgares! Se ainda o não sabeis, em breve podereis ver que entre os legados de meu pai estava também o ódio à cobardia e o desprezo pela vida que não é vivida ao serviço d’ el-Rei e de Deus!!

Quando Dulce soube da partida breve do seu senhor, suplicou-lhe que a levasse à tenda onde costumava recolher-se antes de partir para os fossados. D. Pedro, que nada sabia recusar-lhe, montou-a na garupa do ginete e fez-lhe a vontade. Assim que entraram na tenda Dulce ajoelhou-se aos pés do seu amigo e. na inocência dos seus poucos anos, confessou-lhe o amor que sentia. D. Pedro, espantado, descobriu então que também ele a amava há muito, sem se ter dado conta de que o sentimento que os unia era esse. E abismados se quedaram olhando-se como se aquela evidência os tivesse feito nascer nessa hora.

Dulce e D. Pedro sentiam-se pela primeira vez embaraçados e subitamente sem ter que dizer, eles que sempre tagarelavam alegre e descuidadamente. Para quebrar o enleio, a rapariga tirou do pescoço um pequeno crucifixo de ouro, que fora presente de sua mãe quando partira de casa, e pendeu-o no peito de D. Pedro, pedindo-lhe que o usasse sempre que estivesse longe, na guerra. O cavaleiro prometeu nunca mais o tirar e acrescentou que enquanto estivesse ausente não a deixaria só e à mercê das invejas crescentes no paço, pelo que tornaria à casa de seus pais.

Apesar da tristeza da partida, Dulce ficou intimamente satisfeita por poder voltar à cabana de seus pais, de tornar a tocar os apetrechos de pesca, de encascar de novo as redes do oficio Pouco tempo antes de D. Pedro partir, Dulce contava-lhe tudo isto que tencionava fazer quando de repente o cavaleiro lhe perguntou se não poderia também ele deixar uma rede especial para ela encascar. E, enquanto isto ia dizendo, tirou do bolso do gibão uma e pequena coifa de pérolas, ante a qual Dulce, surpreendida, disse:
- Oh senhor!... Será que eu saberei encascar tal rede?!
- Sei que te vai ser difícil, Dulce! Mas, por favor, encasca-a com as lágrimas que te fizer chorar a vitória da hoste em Alcácer!

No dia seguinte D. Pedro de Portugal partiu com os seus homens. Dulce ficou no terreiro até os ver desaparecer lá longe, no caminho de Lisboa. Depois, partiu para a cabana de seu pai, sem temor e com o coração cheio de certeza na vitória.
O tempo foi passando. Os campos e o mar demoravam-se numa letargia estranha porque a maioria dos homens partira para Alcácer com D. Pedro. Faltava ao campo a alegria colorida das bragas dos homens. Ao mar faltavam os braços encordoados esvoaçando ao som dos remos.

Todos os dias Dulce descia à praia para esperar, esquecida de si e de tudo, dias inteiros. Dir-se-ia embebida em pensamentos, mas, na realidade, até de pensar se esquecia. Esperava apenas e quem espera não pensa, espera.

Lá longe, em Alcácer, iniciara-se já o assalto. A hoste comandada por D. Soeiro entrara finalmente na cidade e combatia-se pelas estreitas vielas mouriscas. Uma estocada súbita do adversário feriu D. Pedro de Portugal, que pareceu sucumbir. Mas o guerreiro era esforçado e, cobrando alento, fez voltear a espada sobre a cabeça dizimando quantos mouros encontrou à sua volta. Por fim, vencendo a última resistência, clamou:
- Já encascaste, Dulce?

- Nesse momento, sobre o rochedo da praia, ouviu-se um guincho medonho, agudo estridente, que pôs a povoação inteira em alvoroço. Toda a gente correu à praia a tempo de ver Dulce cambalear, quase cair.
Sentaram-na sobre a areia e esperaram que a cor lhe voltasse ao rosto, que a voz se soltasse do coração apertado. Pouco a pouco, lágrimas começaram a correr-lhe lentamente pela face, sobre a coifa de pérolas apertada entre os dedos. E quando, por fim, recuperou a voz, murmurou:
- Vitória! Vitória em Alcácer!!

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20.7.08

Ir à praia para "destressar"

Bora para as prais da China que são boas para destressar?
Tudo na ordem dos biliões.
Que medo...

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REcado à tia

Estimada Tia S.:
Espero que este post a encontre bem de boa saúde. Nós cá vamos andando desesperadamente à tua espera. Esta quinta estamos cá todas. Se entretanto voltares podemos fazer tudo o que quisermos, tudo o que nos apetecer: BÓRA PRÓ SOFÁ DA MAIBELHA?

Para ser curta e breve aqui deixo a minha lista (pago tudo a pronto!) das coisas que preciso desse país:
- chanata preta (igual aquela que a Marta comprou aí - aproveito e envio beijos para ela - aquelas que também tinhas mas como não usavas e deixaste aí).
- gel colágeno (é assim que está escrito na embalagem) da marca Novety prá celulite da nossa amiga (porque nós não temos um pingo!).
- creme corporal e facial de chá verde daquela marca que a Elle gosta muito.

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18.7.08

Coisas que me fazem sentir cota [1]

Apesar de ainda me sentir uma miúda eu sei que já sou cota.
Vocês vão dizer que sou uma exagerada, que aos trinta e quatro não se é nada cota, mas eu sei que já estou nesse grupo, quer queira quer não. Ok, tudo depende da perspectiva. Se forem perguntar a alguém de cinquenta anos vai dizer que ainda sou jovem. Se forem pedir a opinião a uma septuagenária (gosto tanto de dizer septuagenária) ela vai dizer que ainda sou uma menina. Agora experimentem perguntar a alguém de vinte e poucos anos se uma pessoa de trintas e tais é ou não cota e vejam a resposta. Já nem falo nos teenagers que nos acham autênticas múmias.
Lembro-me tão bem de ter 16 anos e de estar completamente apaixonada pelo meu professor e História (um clássico) que tinha trinta e três anos e que o único "se não" era ele ser "bué de cota". Também me lembro de ser criança e de pensar que no ano dois mil - aquele ano mítico e longinquo, que já passou há oito anos - ia ter 26 e isso era "bué de cota".
Não vale a pena entrar em negação, eu sei que sou cota e tenho de aceitar isso. Então porque e que às vezes já me chamam senhora? Então porque é que já não me perguntam na CP ou nos museus pelo meu cartão jovem? Sim, e porque é que quando vou à Séfora comprar creme para o contorno dos olhos já ninguém me diz que "ainda é cedo"?
E é a falar que eu topo as minhas cenas de cota. Pela boca morre o peixe. Sempre que uso uma expressão de cota a cota que há em mim arrasa completamente a miúda que vive lá ao lado (imagino as duas num ringue de box).
No outro dia, a falar com um teenager sobre a escola, caí no erro de dizer: "escola primária". A cara de espanto que o miúdo fez. "Escola quê??" (Cota: 1/Miúda: 0). Lembrei-me logo dos meus pais quando diziam "no meu quinto ano".
Em conversa com o filho teenager de uma amiga perguntei-lhe qual era a discoteca que ele costumava ir, ao que ele me responde com um ar paternalista: "Já não se diz discoteca R. Dizes só o nome do sítio e pronto". (Cota: 2/Miúda: 0). Naquele momento senti-me aquelas velhas que diziam "boîte" em vez e discoteca (lembram-se?). Lembro-me de "boîte" soar a mofo.
Também já não se diz cassete. Pior: já não há cassetes. E os teenagers olham para as cassetes com o mesmo ar de fascíneo como nós quando olhávamos para as bobines de super8 dos nossos pais.
No Porto uma amiga deu-me boleia para casa. Com ela ia a outra amiga com uma sobrinha de 12 anos (que ia toda contente por já poder andar no carro à frente). A miúda olhou para as cassetes no carro maravilhada e disse: "UAU! Quando era pequena a minha tia também tinha disto no carro!"
Já não se diz teledisco. "É muito anos oitenta", ouvi há uns tempos uma miúda dizer à mãe no tom mais depreciativo do mundo. Diz-se vídeo ou só clip. Também já não se diz se quer disco, porque também não há discos (vinil, pelo menos). Enfim, já não se diz um monte de coisas que "no meu tempo" se dizia. E só o facto de dizer "no me tempo" já me coloca no meu lugar.
A falar com uma amiga sobre o preço da minha casa falei em contos, escudos portanto. A filha da minha amiga, de nove anos, pergunta-me a gozar: "Contos? Contos e quê R.? De fadas?" Senti-me tal e qual aquelas velhas que diziam mil reis e eu achava aquilo do século passado. (Cota: 3/Miúda: KO).
A verdade é que eu sou cota e sou mesmo do século passado. A verdade é que no meu tempo usavam-se expressões (e que algumas às vezes ainda uso) muito diferentes das de hoje. Já não se diz discoteca, disco jokei, disco, cassete e teledisco. Já não se diz escola primária, primeiro ano do ciclo, liceu. E muito menos escudo, contos, reclames e outras que agora não me lembro e que fazem de mim uma cota. Se calhar até já é cota dizer cota...

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Nomes normais para personagens supernormais

Fui ler a programação da RTP (para ver como se chamava mesmo o programa que vi no consultório ontem de manhã) e encontro um programa para crianças que se chama: Zig Zag. Como ainda não tenho filhos, estas coisas, passam-me ao lado (especialmente às oito da manhã). Por isso, encontro adirada nomes de desenhos animados (será que ainda se diz desenhos animados?) com os seguintes títulos: TROTRO, OS PELUDOS (este é fofinho!), MILO, GERALDO DE BOING BOING, BOBINOGS, MÃE MIRABELLE (gosto muito deste), BRUNO E BILL, A OVELHA CHONÉ (este é queridinho), PIGI E OS SEUS AMIGOS, O MUNDO DE TODD, TELMO & TULA, LITTLE EINSTEINS, AS AVENTURAS DE ADIBOO NO CORPO HUMANO, SUPERNORMAL (este em graça), RATO MICO, SANDOKAN e, por fim, BATMAN DO FUTURO.
Ou seja: Trotro, Milo, Geraldo de Boing Boing, Bobinogs, MIrabelle, Bill, Choné, Pigi, Todd, Tula, Einstein, Adiboo, Mico, Sandokan e Batman são os nomes das personagens que as crianças "adoram" logo e manhã enquanto bebem o leite com chocolate antes de ir para a escola? Não há nenhum desenho animado com um nome normal???

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O drama...

Sou hipocondríaca. Não sou sempre, é o que me vale. Mas quando me dá, dá-me com força. Uma dorzita nas costas: penso logo no pior. Complexo Albarran: "O drama, a tragédia, o horror", como diz a P. Vocês sabem.
No outro dia o meu médico mandou-me fazer duas ecografias. Logo aí a coisa começou a ficar feia. "Ecografias? E logo duas? E se agora me descobrem mais um aparelho que eu nunca tive? Ou uma chave de fendas? Ou, quem sabe, um parafuso perdido a operação?" (Lembram-se da minha última radiografia à coluna (não rir do meu pipi meninas!) que tinha vários objectos não identificados e que afinal eram objectos esquecidos da maca da CUF?)
Como estas coisas fazem-se cedo, lá estava eu, às nove da manhã no consultório da Estefânia a beber água de empreitada. Eu que nunca tenho sede e raramente peço um copo de água. Bebo aquilo como se estivesse a beber remédio. Mas tinha de ser. Enquanto olhava para a Mila Ferreira a saltitar e a cantar no programa matinal da RTP1 (vá lá que a televisão estava sem som!)), lá tentava a todo custo beber a maldita água. (Ainda e fosse caipirinha... Será que também dá? ... )
O médico lá me chama e começa a fazer o exame. Pega naquele gel frio que me despeja na barriga e começa a carregar com o aquela coisa que faz de scanner. De repente, a cara dele fica apreensiva (talvez admirada?). Pelo menos foi o que eu li na expressão do médico que acabo de conhecer. Naquele momento gelei. Pensei logo em tudo o que é mau. Nem vale a pena nomear as doenças que eu cheguei a ter ontem às nove e tal da manhã deitada na maca do consultório da Estefânia. Todas mortais. Claro. "O que foi doutor?", pergunto cheia de medo. Não estava nada preparada para ouvir coisas trágicas logo pela manhã. O médico volta a carregar e a fazer a mesma cara. Os meus nervos aumentam. Olho para o médico para tentar obter uma resposta. Ao que ele me responde em fúria: "Ainda não tem a bexiga cheia, não posso ver nada assim!". E lá fui eu, ridícula, para a sala de espera assistir a mais um bocado do "Portugal no Coração" cheia de água na barriga.

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16.7.08

F... day

Ele há dias em que não devíamos sair de casa. Devíamos ter um aparelhómetro, daqueles que apitam e deitam fumo - não, não é disso que estou a falar! - a avisar hoje é melhor não saires da cama, é que não só o dia vai ser mau como não vais poder fazer nada contra isso.

Daqueles dias em que, aparentemente, está tudo bem e, de repente dá-se a hecatombe e a partir daí... é melhor fugir do país. Desde a telefonista onde trabalho estar naqueles dias em que só apetece partir-lhe os dentes - no caso dela seria uma benção - ao chefe do departamento de contabilidade não saber fazer facturas, palavras chave - CHEFE, CONTABILIDADE - da visita ao local de trabalho da minha filha que tanto fiz questão e agora tenho um nó na garganta que até me custa respirar, do administrador que pôs o hino Nacional da República Socialista Soviética do Turcomenistão como toque do telemóvel e, cada vez que o aparelho tocava o homem tinha um ataque de riso e contava histórias do Turcomenistão - há pessoas que por mais que se esforcem não conseguem ter graça nenhuma - da insensibilidade de certas pessoas que insistem que termos de nos esforçar mais que elas ..., da tristeza tamanha da minha irmã mais nova e, por fim, espero, a minha mãe decidiu informar-me como e onde quer ser enterrada quando morrer.

Puta que pariu o dia de hoje... VOU DORMIR

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15.7.08

Ultimato

O regresso das Quintas. A R tem razão, já chega! TS volta depressa ou da próxima vez não te caiem só as sobrancelhas... bem! R, deixa-te disso - sempre a trabalhar o raio da miúda, até pareces a maibelha. Elle, estamos todas a precisar daqueles ataques de riso, lembraste?
Aqui vai o ultimato, na próxima quinta, dia 24 Julho, temos que estar em A. city às 20h. Ou, ou solto o bicho mau. Mau!

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Adeus, bye bye, até sempre, nunca mais



É oficial os Delfins deram por fim à sua carreira, depois de um concerto a 31 de Dezembro de 2009, a banda pop cala-se para sempre. Mas e, como nem tudo é perfeito, ainda vão editar um álbum de originais a anteceder a digressão de despedida... pronto, já faltou mais.

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Happy birthday Carolina

Faz hoje 17 anos, 17. Uff!!! A doce Carolina está de parabéns. Tem sido um privilégio passar estes 17 anos ao lado de tão doce criatura.

Eu, eu só tenho pena de não ter vivido toda a minha vida com a Carolina.

Que tenhamos todos muitos 17 anos ao lado da doce Carolina.

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14.7.08

Esperança

Li na capa de uma revista na bomba de gasolina o seguinte título: "Nereida deixa Ronaldo". Com o seguinte subtítulo: "Jogador passa os dias inconsolável na sua casa de Sintra".
Hoje a minha esperança regressou.
Confesso que vou ter saudades das notícias do casal maravilha. Não me vou esquecer nunca daquela excelente notícia do Correio da Manhã: "Nereida faz topless em frente a Dona Dolores". ("Dona Dolores" é a mãe de Cristiano).
Eu sei que a P., que é a Maibelha, não gosta nada de mitras,
muito menos do Cristiano, por isso vou tentar publicar algumas fotos onde o jogador aparece mais "pipi" (tudo respeitinho). A última é para a S. ,que é a Tia, que está no Brasil e que queremos que volte depressa porque as nossas quintas e o nosso blog sem ela não são nada.
Não dedico para já nenhuma à Elle porque ela tem o livro "Cristiano Ronaldo: Momentos" e eu não. Bitch.
Desconfio seriamente que acabou de encarnar em mim o Tony Silva (o verdadeiro artista) e a "vizinha invejosa". Tudo ao mesmo tempo.




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12.7.08

Invisível

Dava-me tanto jeito, de vez em quando, ficar assim...

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1 mês de baixa

R, não achas que está a precisar de mimo?

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8.7.08

Saudades

Hoje encontrei as fotos das nossas férias espectaculares que fizemos no Verão passado.
A tia sempre a conduzir, a chuva que só parou quando regressámos, a entrevista da Elle com a chicholina, as caipirinhas ao fim da tarde na praia, o jogo da sandália, o zezé camarinha (put the cream on), os 16 anéis da P., eu a experimentar os vestidos da P. (nunca vi essas fotos), a vista espectacular, as noites de trivial em pijama no hotel, as sessões de "trash tv" até às tantas da manhã a ver tv shop e concursos de palavras cruzadas onde ninguém telefona.
Tenho saudades de nós as quatro.

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3.7.08

Porque hoje é quinta

Maibelha: não te preocupes que nós só vamos para a adega!
Beijinhos às miúdas das quintas

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2.7.08

Mocas

Maibelha: desculpa dar-te esta triste notícia, mas o blog já existe:
http://amocaderiomaior.blogs.sapo.pt/
podia ser teu, eu sei :-)

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Nestum e Tulicreme

Ontem fui à praia com a C. A C. está sempre maravilhosa. Até para ir à praia. Sempre maquilhada, sempre com as suas jóias, sempre loura platinada, sempre impecável. A C. é uma versão da Samanta do "Sexo e a Cidade" 10 anos mais nova. E quem a conhece concorda com a comparação.
Falámos de amor, amantes, sexo, paixão. Enfim, o que é que duas mulheres de trintas e tais - que já não se vêm há algum tempo - podem falar na praia onde, ainda por cima, se passeiam vários tamanhos de pilas? Estávamos no Meco, onde toda gente anda nu. Toda gente menos eu. Dá-me para isto: viro pudica na praia e mesmo tirar a parte de cima (coisa normalíssima) é muito improvável que o consiga fazer. Tenho de ter biquíni (e giro). Ainda por cima agora temos a mania da depilação brasileira e assim sendo não há de todo condições para me esparramar toda nua ao sol... (tenham dó)
Falei a tarde toda com a C. Eu de biquíni, ela toda nua. A C. é boa para falar de problemas. Ela é exactamente o contrário de mim: não existem dramas, nem tragédias, nem horrores. A C. parece que vê o mundo com lentes cor-de-rosa. E não estou a dizer que a C. é ingénua. Nada disso. Ela é simplesmente uma "cool". Nada a afecta. Não há stress que lhe chegue ao pêlo. Não há nada que lhe parece irresolúvel. A C. caiu no caldeirão da boa onda quando era pequena.
Falámos do P. Claro. Ao que parece as coisas começam a recompor-se aos poucos. A mulher dele continua a
ligar, mas agora em vez de berros e perguntas inacreditáveis - que deveria estar a fazer ao marido - fica apenas a respirar em silêncio. Imaginem a sociopata. O que vale é que eles moram longe. Se não temia o pior.
Falámos do filme "Control" (do Corjbim) que tínhamos visto, por acaso, há pouco tempo. Nesse filme a mulher do
Ian Curtis faz a mesma cena do telefone à amante dele. Concluímos que a mulher culpar a amante num ataque de ciúmes em fúria é um clássico da história da humanidade. "Coitadas, são pobres de espírito!", exclamava a C. num misto de desprezo e pena.
A culpa disto tudo, dizia a C. "são os homens mais velhos que se remoem com a culpa do catolicismo e fazem com que as mulheres descubram tudo". Segundo a teoria da C. "os homens depois dos trintas cristalizam e perdem a graça toda" e que "os miúdos até aos trinta", segundo ela, "são os amantes ideais". "Os miúdos estão sempre à descoberta, têm um mundo a explorar e não têm medo de nada". E remata assim: "e mesmo os que já estão perto dos trinta já podem estar estragadinhos!"
Eu parto-me a rir com a C. e com as suas teorias. Ela até pode ter razão, mas eu olho para eles (os miúdos) e só me lembro de Nestum e Tulicreme e não vejo nada de interessante num muído de vinte e tal anos. Está visto que o que eu gosto mesmo é de cabelos grisalhos e rugas expressivas à volta dos olhos - especialmente quando sorriem.
À vinda, como não queríamos ir logo para Lisboa decidimos comer qualquer coisa numa esplanada à beira-mar com sangria. Uns miúdos, que também vinham da praia, sentaram-se em tronco nú na mesa ao lado. A C. piscou-me imediatamente o olho: "Vês, estes é que vale a pena investir. Ainda por cima têm tudo no sítio". Eu olhei para eles e só me lembrei de Nestum e Tulicreme. Vou mas é dar em fufa.

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