28.2.07

Realize os seus sonhos

No dia em que fiz 33 anos, ia a andar na rua e, de repente, o meu olhar chocou com uma capa duma revista que dizia em letras gigantes: “Realize os seus sonhos”. Aquela frase entrou na minha cabeça como um aviso. Seria aquilo um sinal? O destino a tentar dizer-me que eu estava a deixar passar a minha vida sem ter realizado metade dos meus sonhos? A vida a tentar abrir-me os olhos?
A frase não me saía a cabeça. "Realize os seus sonhos."
Fui beber café com a minha irmã que me deu os parabéns e que começou a falar como uma matraca. Ela falava, falava, falava e eu não a ouvia. Só ouvia a frase. "Realize os seus sonhos."
E comecei a pensar nos sonhos da minha vida. Os sonhos que tenho desde criança, desde sempre, desde ontem.
No metro, de regresso a casa, comecei a fazer uma lista no meu caderno. Tipo lista de supermercado. Uma lista que eu me comprometia a realizar até aos 35.
Ter um filho.
Ir a Moçambique, o sítio onde nasci.
Ir a Zanzibar, o sitio que sempre sonhei ir com o R.
Fazer o filme que ando a adiar há um ano ou mais.
Ter uma casa com uma grande mesa de jantar e terraço.
Ir num elevador com o Leonardo Dicaprio e com o Cristiano Ronaldo. Pronto, um dos sonhos tem de ser estapafúrdio!
A lista estava feita. Não era muita coisa, talvez nem fosse grande coisa, mas era a minha lista. Eu estava orgulhosa.
"Realize os seus sonhos." A frase assaltava-me agora na voz da gravação que anunciava as paragens do metro. À medida que ia relendo a lista ouvi a mesma voz a dizer: "Próxima paragem: Zanzibar."
Depois senti-me estúpida. Lista de sonhos? Lista de sonhos é para atrasados mentais! Achas que algum dia vais conseguir realizar algum destes sonhos desta lista estúpida?
Quando saí do metro amarrotei o papel e deitei-o no lixo da paragem do 35, o autocarro que me leva até casa quando não ando com o carro.
Enquanto esperava pelo 35, fui invadida por um mal estar. Fiquei arrependida de ter deitado a lista fora. Aquilo perturbou-me. Aos 33 anos, na paragem do 35 com os sonhos no caixote do lixo.
Deve dar azar deitar sonhos para o lixo, pensei. Mas agora não podia meter a mão no caixote e recuperar os sonhos. Nem pensar.
Depois senti-me ridícula. Não podia estar a ser assim tão supersticiosa. Até porque as superstições não se inventam. Já existem e pronto. Quando chegar a casa vou fazer uma nova lista, prometi. Sem falta.
No autocarro sentei-me ao lado de um casal de velhotes que não parava de embirrar um com o outro. Quer dizer, a mulher não parava de embirrar com o marido. Um clássico. Enquanto eles discutiam ouvia a voz da revista, a voz do metro: "Realize os seus sonhos." A velhota não parava de chatear o velhote. "Já foste tratar da fechadura?", perguntava ela num tom inquisidor. "Ainda não", respondia o velhote num tom entediado e resignado. "Realize os seus sonhos." "E telefonaste ao teu filho?" "Ainda não". "Realize os seus sonhos."
A discussão daquele casal fez-me lembrar a minha lista. Já tens um filho? Ainda não. "Realize os seus sonhos." Já foste a Moçambique? Ainda não. "Realize os seus sonhos."
O meu lado inquisidor era tão obsessivo quanto o da velhota do autocarro e o meu lado entediante tão resignado quanto o do velhote.
"Realize os seus sonhos."
Sim, porque todas as pessoas têm sonhos. E os meus até nem são muitos nem muito ambiciosos.
Ter um filho. E se ele aos 15 quiser ir aos acampamentos do bloco de esquerda? Ou se ele for pró-Bush?
Ir a Moçambique, conhecer a minha terra. Mas como é que posso ir lá de férias, armada em burguesa, enquanto aquelas pessoas vivem na miséria?
Ir a Zanzibar. Mas como é que eu posso ir a África sem ir ao sítio onde nasci?
Ter uma casa com uma grande mesa de jantar e terraço. Mas como é que eu posso mudar de casa, para uma casa mais cara, e ter condições para criar um filho e viajar? E como é que posso ter um filho se quero viajar?
"Realize os seus sonhos."
De repente apercebi-me que era eu quem estava a bloquear os meus próprios sonhos. Acreditava e no minuto a seguir deixava de acreditar. Eu era a inimiga número um. A vida a dar-me sinais e eu a empatá-los.
O único sonho da lista ao qual não levantei problema nenhum foi o do elevador com o Cristiano e o Dicaprio. Ironicamente, o único sonho impossível.
Quando cheguei a casa voltei a fazer a lista, agora por ordem de prioridades:
Primeiro arranjar a casa e fazer o tal filme que ando a adiar. Depois ir a Moçambique e a Zanzibar e só depois ter o filho.
Entretanto, sempre que entrar num elevador vou tremer por dentro e acreditar que Cristiano e Dicaprio poderão lá estar. Porque nunca se sabe quando é que um sonho nos bate à porta, do elevador, neste caso.

PS: Tia Sémis e Piranga: desculpem este registo mais sério, mas isto de ter um blog também pode servir de terapia ou não?

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27.2.07

Sem zeréu, but focas is tomei

Só para ti, porque a quinta está longe.


Don't Get Me Wrong
The Pretenders

Don't get me wrong
If I'm looking into at desert
I see mee in lights
On ever you wall by

Don't get me wrong
To sai allô under a maide
Upom I see a mistery dune
Is playing at havoc i a stade
Don't get me wrong

Don't get me wrong
if at him so distracted
A hink about the fireworks
That girl a few you smile

Don't get me wrong
A fast lilai coud effective
I'm only off wonder
of course the moon is mine

Once a life
two people meet
see me my on the reason
they just pass on street
Shower tumber shower everywhere
who can explain the thunder man rain
but is something in the air

Don't get me wrong
if I come old lique fashion
i may be it old tomorrow
but focas is tomei

Don't get me wrong
if I found in a mope as passion
it may ai umbel aval
let's no say sogof
it my just be fantastic
don't get me wrong

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Consultório Sentimental de uma Tia [2]

Um avô quase na droga
O rapaz é um pouco tímido e não lhe conhecemos muitas namoradas nestes seus vinte e quatro anos. Digamos que é um rapaz estável, certinho. De paixões. Longas paixões. Com esta, a C, já lá vão dois anos. Apaixonadíssimos. Entusiasmado, o rapaz, andava agora com a idéia de até irem juntar os trapinhos. Mas a rapariga mostrava-se relapsa, preguiçosa. Meigo, o meu filho, decide perguntar-lhe o que se passa. A pequena responde: “Eu carrego para os dois lados. Estou com saudades da minha última amante.” Manda um pai um filho, durante oito anos para o Colégio Militar, mais cinco de Academia, para agora ouvir isto. Acontecer-lhe isto. Acontecer-me isto? Já não bastava ter um genro paneleiro, outro alcoólico e drogado... agora tenho uma nora lésbica. O que é que eu digo ao rapaz? O miúdo está todo baralhado. Esta é uma semana de campo, deve estar a dar tiros nos pés.

A tia, em compadecida
Ó seu Zé, o senhor não está a ver as coisas pelo lado positivo. Há que animar o rapaz. Ele que não se ponha com dramas e não mande a rapariga às urtigas. A rapariga é muito útil. O rapaz só tem a aprender. Ele que diga à rapariga que fique e que mande trazer a outra piquena. Vale tudo, desde que elas o deixem participar. Nem que seja só às vezes. E ainda vai ser dos poucos homens a alimentar a fantasia de ter duas mulheres. Se ele disser que não é desses, diga-lhe que ainda não tem essa fantasia, mas vai ter. Vai ter. E não precisa esperar pela ternura dos quarenta para viabilizá-la. Está feito. Vai ver que elas vão fazer dele um homem melhor. Sobretudo para outras mulheres. A isto, chama-se escola da vida. Até em full contact ele tem a aprender. Uma rapariga que diz que carrega, não é para brincadeiras. Livra. Olhe, era pior se ele andasse na droga. Ai, isto também não era para dizer. Já tem um, não é? Não esteja assim. Há males que vêm por bem. Eu até tenho uma amiga, que adora o Cristiano Ronaldo, que não se importará nada de lhe avaliar o desenvolvimento do crescimento e zelar para que ele faça o curso completo.

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Consultório Sentimental de uma Tia [1]

Uma cunhada em apuros
Ela estava esfuziante. Tinha encontrado o “homem da minha vida”. Da vida dela, claro. Ele era alto, charmoso, advogado, trinta e tal, atencioso. Um apartamento bem decorado. Cheio de panos indianos, dependurados das paredes, e velas. Adora crianças e quer ser pai. Levava-a a passear e a jantar em restaurantes requintados. Estavam apaixonados. Apresentou-a à família, mãe, irmãs e algumas amigas, num jantar idealizado por ele. Leitmotiv: Índia. Ela também o apresenta à sua família. E à ex-cunhada. Observação da mãe: “Ele é muito superficial.” Observação da filha de 15 anos da ex-cunhada: “Ó mãe, ele fala muito com as mãos.” A paixão no auge. Ele convida-a para ir com ele à Índia. Outra das suas paixões. Ausência de notícias. Segunda-feira passada, reaparece. Chorosa. A viagem correu mais ou menos. Ele parece desinteressado. Quinta-feira, telefona. “Reatámos”. Fase de reconciliação. Hoje, desespera. Precisa falar, urgente, com a ex-cunhada. Não é que o piqueno levou as irmãs e a própria mãe para o fim-de-semana-romântico-de-reconciliação. Este namoro tem dois meses. Dilema de cunhada. Como é que eu vou dizer isto à rapariga. Ela não lê os sinais. Solteiro, charmoso, galante, vive sozinho, cheio de amigas, adora a própria mãe. Tem panos pendurados. No pico da paixão, onde é suposto só pensar-se em pinar, convida a “amada” para ir à Índia? Índia. Quem é que vai dar umas valentes trancadas para a Índia? Ele, claro. E com rapazinhos a cheirar a caril. E depois, desculpem-me lá, estamos a falar de uma “relação” de dois meses. Dois. Quem é que em dois meses fala de “relação” e de “reconciliação”, já para não falar no “reatámos”. O que é que eu vou dizer à rapariga, que quer ir lá casa, chorar-se?

Rascunho da Tia Ó querida, diga-lhe só: O querido é pa-ne-lei-ro. Paneleiro. E a menina tem esta opção. Fica com o querido, que até é querido, até terem um filho. Ele quer e a menina está com aquela mania do relógio biológico, e o tempo a passar, tic-tac, tic-tac. O querido vai ser bom pai. Vai pagar a pensão e cumprir com os fins-de-semana e férias. A querida até lá, dorme com ele e com outros. E ele, consigo e com eles. A querida satisfaz o relógio biológico e o querido a vontade de ter um filho. Separam-se e ficam amigos para sempre.

Resposta da tia depois de três rascunhos Ó querida ex-cunhada, não esteja a perder o seu precioso tempo com ex-cunhadas lacrimosas. Diga-lhe: A querida que fique a chorar-se com a ilusão de que perdeu o seu grande amor e que vai ficar para tia, como a irmãzinha, que é linda como a Maria Bethânia. A menina sabe tão bem quanto eu que isso são balelas. E não me diga que a querida não sabia. Confesse, a menina sempre soube. Queria o filho, queria passear-se com o pai da criança, o apartamento e a ilusão de estar a viver uma vida como a menina a imaginou. Depois, logo se via. Arranjava um grande final. Piedoso. E, mais uma vez, toda a gente ficava compadecida da sua dor e a espantar-se com os homens. Mas não. A menina não conseguiu. A menina até para viver uma ilusão é inapta. Aposto que a primeira coisa que fez, foi passar a viver no apartamento. E a segunda, foi de certeza, fazer gracinhas com os “paninhos indianos” à laia de que “homens não percebem muito de decoração.” Acertei? Claro que a tia acertou. Olhe, sabe do que a menina precisa? Do inspector Bruno. Eu tenho uma amiga que pode dar-lhe o número do telemóvel.

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Abre-se o elevador

Brad Pitt, George Clooney e a mais velha em bipolar.

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Álbuns de família












Há que ver a vida por outros prismas.

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Me2

Stuck in a moment and can't get out of it.

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26.2.07

Dr. House

Gosto! Mordaz, sexy, charmoso, inteligente, alto. Falta-nos a "mix"....

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Óscares 2007

Odeio cor de carne, ou cor de pele, como preferirem. Já é mau em roupa interior mas em vestidos, sou contra.

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Com amigos destes...

«Dizem que sou parecida com a Rossy de Palma.»

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É por esta e por outras...

que o anonimato serve.

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24.2.07

Factos são factos [2]

Pois todas nós passamos por fase menos boas, isto é, negras. Mas não nos vamos violentar. É a vida! Temos que encarar a coisa. E é cada quadro de miséria, senão vejamos:

Capilé
Robe
Crucifixos
Gatos
Índia
Baileys
Todo nu
Ex-mulher

Tia peço-te para escreveres em nome das nossas misérias, please.

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Factos são factos

Estou estruída! Sim, é a mai velha.
Então, eu sou a única que tenho uma família que é o espelho do mundo. Todos os outros têm-na “maravilhosa”. Parece que estão a contar histórias às criancinhas! Tenho uma irmã que parece a frente dum trágico acidente de autocarro, é feia, muito feia! As dos outros são feias, mas logo a seguir vem o adjectivo. “É feia, mas é decente, humana, com humor, tem muita piada, é sexy. Esta é a melhor: É SEXY! A minha irmã nem sequer tem adjectivo, mas as dos outros são justificáveis. O meu irmão mais velho é paneleiro, os dos outros são intelectuais, músicos, advogados, cultos. Olha se fossem levar no cu! Lá por ser vosso irmão leva tanto no cu como o meu, ora essa!
Condessa (velhinho esta foi para ti…)

Pois tenho uma novidade para vós – TÊM IRMÃS FEIAS.
PS: Tem continuação.

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22.2.07

O que eu hoje preciso é da minha latinha

Hoje não consigo falar de gajos. Desrespeito tudo o que não tenha útero e ovários.

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... mas compreendo as mulheres

“Há mulheres que gostam de ter prazer sozinhas. Eu prefiro ter alguém a assistir.”

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Não compreendo os homens

Estou "xtruída", como diz a "mai belha".
Não aguento isto dos gajos. Não os compreendo.
Os gajos não andam bem. Os gajos perderam a noção do ridículo. Os gajos precisam todos urgentemente de se deitar no divã do psiquiatra.
Não é que o tal homem dos erros ortográficos, o tal que era giro até enviar o seu primeiro e-mail, o tal que desde esse tal e-mail (que foi no Verão) não enviou mensagem alguma, nem ai nem ui, esse tal, manda-me ontem à noite uma mensagem a dizer:
"Estou todo nu, só com um robe, a ver um filme da Chantal. Se quiseres, aparece..." (Claro que aparece estava com dois ss)
Eu, que não tenho estas confianças com o homem, enviei-lhe uma mensagem a dizer: "Olhe lá X, enviou-me uma mensagem por engano." (Até porque o meu verdadeiro nome como vocês bem sabem, começa por A e, por isso mesmo, sou quase sempre a primeira da lista dos telemóveis das pessoas — o que já fez com que me enviassem muitas mensagens por engano).
Então o homem sai-se com esta: "Era para ti sim. Eu tentei manter distância, mas você é uma sedutora nata."
"Desculpe?", respondi eu. "Manter distância? Todo nu? De robe? A ver filmes? Já agora está a beber Baileys, não?"
O homem até agora não disse mais nada. Graças a Deus.
Se calhar estava mesmo a beber Baileys.
Isto anda mas é tudo doente da cabecinha!
Se ele fosse Mitra, para já não estava de robe, depois não via nenhum filme (quanto muito um Jean Claude Van Dame) e nunca ficaria desde o Verão sem dizer nada para depois sair-se com esta.
Desculpem. Isto não é normal!
Venham a nós os nossos Mitras!

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21.2.07

Onde é que vocês andam?

Se ninguém te liga, liga-te à Internet...

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20.2.07

Eh toro!

http://www.youtube.com/watch?v=TUxTK3X-FDI

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Freestyle

www.youtube.com/v/kjl6jICfpVw

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18.2.07

Una diosa...


Para que a vossa “imagem” fique completa... aqui têm Divina Valéria. A própria que cantou os parabéns ao mais velho.

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Self esteem [3]










= Elle Driver

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16.2.07

Arghhhh!

Agora imaginem o resultado do mix entre a Laurinda Alves e o Pedro Mexia. Já adivinharam? O resultado do último referendo, claro!

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Self esteem [2]











= [R]

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Self esteem [1]











= [P]

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Sósias

Depois de confirmação de que a R e o seu pai são parecidos com o Cristiano Ronaldo, agora, a mai velha, a P, descobriu que é parecida com o Errol Flynn. Temo pela nossa capacidade de observação. A mim vai calhar-me quem? O dr. Lecter, o Cuba Jr., o John Travolta, o pumba, ou o Borat? Nem mais um tapa na pantera para esse lado da mesa.

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Quintas-feiras gourmet

Requeijão e Patê caseiro.
Empada de frango com farinheira, ameixas e espargos com batata palha.
Salada de rúcula, agriões e amêndoas torradas, regada com molho de mostarda.
Tortas de Azeitão com quiwi e manga. Morangos mergulhados em chocolate.
Bolo de chocolate e queijadas de Sintra para o tapa na pantera.
Redoma, 2004, Douro
Vá, superem lá a Tia.

PS: Para além da mais velha, alguém comeu queijadas?

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15.2.07

Se um dia andar com um gajo assim pf internem-me

Porque, às vezes, encalhamos numa coisa de que já estamos fartas de perceber que não vai dar mas não queremos admitir. Porque, às vezes, a paixão nos pode cegar e nos faz perder a noção do óbvio, pior, do ridículo. Porque errar é humano, e é por isso que somos muito humanas. Por todas estas razões e mais alguma, proponho uma nova secção no nosso querido blog (ou lá como é que se escreve) para elucidar as amigas, irmãs, primas e, quem sabe, vizinhas que andam enganadas, iludidas ou "encalhadas" com um gajo que não interessa nem ao menino Jesus, ou que tem escrito na testa: "sou péssimo na cama"; ou que já se sabe que vai enviar e-mails cheios d erros; ou então que nos convida para um "capilé". Uma secção SOS tintona. Uma secção amiga. Uma secção que se poderá chamar: "Se um dia andar com um gajo assim pf internem-me!"
Aqui vos deixo alguns exemplos elucidativos.
E, já sabem, amigas, se um dia andar com um gajo assim pf internem-me.
Porque às vezes mais vale todos os pássaros a voar do que um na mão...

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14.2.07

Mais palavras para quê?

«O acto sexual é para ter filhos» - disse na Assembleia da República, no dia 3 de Abril de 1982, o então deputado do CDS João Morgado num debate sobre a legalização do aborto.
A resposta de Natália Correia, em poema - publicado depois pelo Diário de Lisboa em 5 de Abril desse ano - fez rir todas as bancadas parlamentares, sem excepção, tendo os trabalhos parlamentares sido interrompidos por isso:

Já que o coito - diz Morgado
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;

e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento

só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

Natália Correia, 3 de Abril de 1982

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13.2.07

Fobia às mulheres

Ginecofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante às mulheres.

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Viva a diferença, será?

Recebi uma mensagem que dizia o seguinte:

Vou confessar-te uma coisa - eu não posso tomar cafeína porque fico muito... excitado; aliás não bebo café há 20 anos.

visão feminina: Então esse gajo fica excitado? Isso não se diz assim, podem dizer "nervoso", "irrequieto"... sei lá, tudo menos EXCITADO, tá?
visão masculina: Tão imaginativo, tão perspicaz, então não tá tudo dito? O que vocês querem mais?

A mensagem continua.
Teremos que encontrar uma saída para este impasse. Pode ser um chá? Um capilé com muito açúcar para ti?

visão feminina: Só pode estar a gozar. Chá? Capilé? E onde está o convite? Esse gajo deve ter taras sexuais... é doido! Não sabe fazer um convite?
visão masculina: O homem está a brincar! Está a sugerir. Ainda por cima com muita graça.

... é assim a diferença entre homens e mulheres e vai continuar a ser.
Estou toda em godés!

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12.2.07

Porcas...

... a cobiçarem-me o marido.

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Ainda dizem que sexo não compensa

Imbejosas... fui à janela e tinha um presente no passeio. Um Peugeot 206, cinzento. Lindo. Fecho centralizado, cinco portas, vidros eléctricos, ar condicionado, música, cinzeiro, estofos normais, normalíssimos, lindos, o banco à minha “altura”, vidros enormes onde vejo tudo. Um clássico. Assim que o liguei começou a tocar na rádio os Temptations. Só bons sinais. Quem tem um marido como eu, tem tudo. Muitos beijos, muitos obrigadas. Má-lu-co. Te adoro.

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Manifesto

Eu sou pelo velhinho às quintas-feiras.

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Referendo, resumo

“Não. A lei pode ser retroactiva.”
. Laurinda Alves

“Assim não. Não consigo engravidar ninguém.”
. Pedro Mexia

“Sim. Porque o que eu queria, era uma menina.”
. Nossa Senhora

. O nosso velhinho:
"Fazem um carnaval de tudo."

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8.2.07

Fobia ao casamento

Anuptafóbica Elle, só descobri gamofobia: distúrbio psíquico que se traduz num medo mórbido, irracional, desproporcional, persistente e repugnante ao matrimónio. Mas pior do que o buquê, os arranjos florais, a tradição do corte da gravata e/ou da liga, o vestido, os convidados, as alianças, as fotografias da praxe e a entrada da noiva, é a palavra boda. BODA, f...

PS: Mas pior é sofrer de Genofobia.

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7.2.07

Quero a inocência de volta

O meu circo era assim. Matinés em tempo de Carnaval. Pipocas, chupas, balões, binasgas de água, as serpentinas, buzinas e cornetas. Cor, holofotes, vertigens, aplausos, ás e ós. O apresentador incentiva palmas, anuncia exclamações e suspense, e apresenta números de malabaristas em bicicleta, acrobacias em cavalos, piruetas no trampolim, cães às cambalhotas, equilibrismo com pratos, magia, leões ou tigres magros, animais domesticados (pai, o que são antipodistas?), ajudantes que rodam as mãos à espanhola, traje a rigor, vermelho escarlate, azul ópera e dourados, muitos dourados, sapatilhas de ballet, brilhantes, chapéus e smokings. E como não podiam faltar, os palhaços e os pombos dos ilusionistas. Tudo em linguagem circense: Malabaristas Empoleirados, o grupo exótico da elevada Escola de Nadia Dobritch; Os Meteoros Líquidos, bando acrobático chinês da província de Anhui, a Festa do Camelo da Família Leonida Casarelli, ou mesmo, The Flying Brothers, no trapézio voador; o bando de Focas Adestradas de Jacqueline Paris; Quadro aéreo do Duo Iuri e Nathalia, sem rede. Sem rede. O grupo misto de cavalos e elefantes de Los Hermanos Guerrero; Flávio Ritcher, o ilusionista do Cirque Soleil; os Caniches de Madame Lara Farrell; sei lá. Rober, o equilibrista no arame, Miriam Rosi na corda indiana, Xeny Brothers, malabarismos em balancé; Os Anjos Brancos, saltadores de báscula; Coronel Joe e seus Tigres da Malásia. Shin Ti Pao, a contorcionista da Mongólia. O intervalo, livre, era passado a brincar e a correr.

O meu circo é assim: sem rede e sem arame, o espectáculo aéreo centra-se em duas actuações de Érica. Érica Sem Mais. Uma em corda e, outra, em “panos chineses”. Uma na primeira parte, outra na segunda. O ajudante, o mesmo que abre as cortinas e vende os ingressos, não roda as mãos nem dança os pés. Abana a corda. E os panos. Érica muda a toillete, aperta as cordas, instala os panos, contorce-se. Vale-lhe o rabo. O malabarista Moisés, brinca com as massas, que insistem em cair. Abana a cabeça. Sai, triste. O domador de leões, gordos, diga-se de passagem, não faz número. Ensina que o animal deve ser domado com bocados de carne e não com violência. Nada de botas, preto e vermelho, ou chicote. Limita-se a alinhar três leões em cima de banquetas e a chamar o “mais feroz” para o bocado de carne. É o dono do circo. Para o trampolim saltam os Irmãos Trampolim. Um alto e magro que faz de estúpido. Um médio gordo que faz de trapalhão. O que está vestido de Floribela faz de irmã. E um miúdo de uns dez anos faz de esperto. Nada de espectacular. Muitas cambalhotas. Ainda há tempo para uma actuação a solo. Um suposto número músico-cómico, onde um personagem vestido de maestro, mas sem batuta, o mesmo que fazia de Floribela, faz solos em saxofone, trombone, corneta, serrote, garrafa de vidro e papéis. Feliz é a gargalhada que culmina com um ronco. Igual à imitação que se faz de um porco. Ao intervalo, assalto às pipocas, algodão doce e águas. A arena é invadida por um pónei. A atracção: voltinha de dois euros e foto. Só para crianças abaixo dos oito anos, claro. O pior são as famílias que estragam o esquema e querem na foto os seus mais velhos e ainda por cima todos juntos. Nada de fotinha individual. De volta às luzes, e tal como anunciado, vem Walter Jasmim e os seus animais exóticos. Cabrinhas anãs, um dromedário, um camelo, o touro cornudo, uma ema, uma avestruz e os póneis, agora em número de três, que se limitam, também, à voltinha à arena. O dromedário, o touro e a ema lá subiram para a banqueta. Ah, o camelo agradece ao público, fazendo uma vénia. Já não há o número do tigre Rambo. Faz dois anos que arrancou o braço a Mónica, mulher de um dos ajudantes. “Mónica sabe o que fez. Meteu o braço entre as grades, queria fazer uma festinha ao animal,” veio nos jornais. Passados uns tempos, Rambo morre. Morre? A seguir vem Paulo. “Paulo e Sua Partenaire”. Um número de equilibrismo em cima de skates. Ou plataforma com esferas. Como quiserem. Temi por ele. Era muito parecido com o malabarista Moisés. A sua partenaire dança, roda mãos e braços. Ora o pé direito ou o esquerdo. Também vendeu pipocas. Tem as meias de rede, remendadas. O fim aproxima-se. E com eles, a palhaçada. O carro que se desfaz. Os litros de água derramada. Os ruídos escatológicos. As chapadas sonoras. O palhaço rico substituído por uma mulher, gorda e feia, porque é mais politicamente correcto. A criancinha continuando a fazer de “o esperto”. Tropeções. Apitos e cornetas. O costume. Um ponto a favor: nada de vozinhas estridentes à Croquete e Batatinha. Dois: nada de flor que deita água. E três, até: nada de nariz-bola vermelho e tortas na cara. Ao anfitrião e apresentador, João Galiso ou Calipso, falta-lhe ânimo. De fraque aba-de-grilo e sandália de salto prateada e brilhante, penteado de anúncio para donas de casa dos anos oitenta, diz, apenas, “magnífico”. “Espectacular.” Famoso há vinte anos é mais conhecido por Zizi Jeanmaire. Travesti, tratador e domador de répteis. “De Paris para a Cruz de Pau, Zizi Jeanmaire trata as bichas por tu”, foi o título de uma das suas entrevistas.

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O Homem-Raia


Ai ai, começo a converter-me ao cristianismo...

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6.2.07

Para a mais velha

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Para o ano quero mais

Ninfas fadinhas e pastores cegos; minotauros para destroçar; foto do casamento; referendo do aborto; pinipons (como raio se escreve isto?); bacalhau e lasanha; vozes estridentes; gritos histéricos; mochila do macaquinho; a vizinha afinal é o Carlos Cruz; Nova Gente de 1975; performances várias... muitas, alucinadas; tapa na pantera; filhos com telemóveis no silêncio; uma mãe em godés; gases dentro duma pessoa; sapatos chineses; saias pretas; frio; aquecimento; polaroids; platinas desintegradas; e o pobre velhinho a dormir no sofá.

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5.2.07

Gajedo

Aqui vai um presente. Com mãos, pés, surpresas, desilusões e... saias.





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Parabéns Rascunho


















Não há coincidências... A nossa Rascunho faz hoje 33 anos e o Cristiano Ronaldo 22. Afinal, não é um caso edipiano... é narcisóssexual. Muitos beijos, só para ti.

PS: Já viram bem o apêndice xifóide do rapaz?

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1.2.07

Imagens que escusávamos ter [2]

. A borboleta negra da tia lalinha por baixo dos lençóis.
. O irmão que sugou uma mangueira que estava ligada à retrete cheia de merda.
. O irmão a palitar os dentes nos dias que se seguiram ao "acidente" de merda.
. O problema da amiga do cunhado que se lhe cresciam os lábios da "valginia".
. A palavra Vagina.
. A Sónia Raquel a usar o strap-on com o namorado.
. O dirty sanchez.
. O tarado que só lambe pés a saber a chulé.
. A palavra chulé.
. As novelas da TVI.
. A Floribela a pedir às fadinhas.
. As batas das caixas do mini-preço.
. A cara da Bibápita (Biba!) na Caras com o filho ao colo.
. As sobrancelhas da Carolina Salgado.
. Os erros ortográficos nos e-mails de pseudo-engate.

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Histórias da Dri-aparelho [1]



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