30.11.07

Ir ao teatro

A velha de Mem Martins, soterrada e emparedada, com saudades da Morais Soares (onde havia de tudo); A Ilda, em Bali, tapa na pantera; A mãe da Maria Clara - onde é que eu estava com a cabeça? -, no Funchal, ablandio eispanhiol; A Conceição, de Oliveira do Hospital, cujo marido virou veado, prometendo pancada às crianças; Ai car..., ai car... a Carminda dentro da bagageira do automóvel do Turbo; Ah, o turbo e a sua estravenga; O sapato branco do Alfredo; O senhor do sexphone e o Lázaro, o cornudo desfalcado; O beiçolas das lesmas, no seu leito de morte; O professor Adamastor sem cuecas, em calça de linho branco; O surfista gostosão – “uma Beyoncé em homem” – que nas costelas até se pode lavar a roupa!; “Os desmanchos da Elsa Raposo”; Mais? Mais de duas horas a rir.

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A aplicar...

- Hoje ides apanhar...
- Porquê? Não fizemos nada...
- É por conta. Por con-ta!


João Monchique em Conceição, Paranormal, Teatro Mundial

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Estou cá com uma...

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Porque hoje estou Calimera

Hoje é quinta e só me deram teatro e um bitoque mas foi. Estou práqui "ensozinha", sem maridos, sem vizinha. (Elle volta que estás perdoada!) Vou mas é ver a Ilha dos Amores e beber chá verde. Pró que me deu agora, acabar assim, a beber chá verde sozinha numa quinta-feira cheia de frio... Já vi gente ficar alcoólica por menos. Tenho uma vizinha que aos 39 anos... Uma história triste, é melhor nem contar.

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29.11.07

Porque as gajas também gostam de futebol...


...ou lá o que é isso que os gajos jogam com a bola!

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Ainda dizem que não há homens desesperados

Hoje vi num papel enorme colado num carro (tive pena de não ter máquina fotográfica): RATA URGENTE: 932572266
(Alguém, mais perverso, tinha apagado o T.)
Ainda dizem que não há homens desesperados.

PS: Escusam de telefonar, inventei o número...

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Andar de autocarro faz bem

Ainda não tinha reparado nele mas já sentia que havia alguém a olhar para mim no banco do lado. Aquelas coisas que todas as pessoas sentem quando se sentem observadas. Quando olhei para ele congelei. Não consigo explicar muito bem como é que ele era, mas era daqueles que dão cabo de uma mulher em três tempos. E olhava sem receio. Mas também não olhava à descarada. Estava naquele meio termo que mostra qualquer coisa mas não mostra tudo.
Um miúdo vestido de pirata senta-se a lado dele. Que melhor desculpa tinha eu para me aproximar? «Que medo, um pirata», digo a brincar. O miúdo sorriu e pergunto-lhe logo a seguir: «És dos bons ou dos maus?» «Dos bons», responde a sorrir. Ele, mesmo ao lado, ouvia atentamente a nossa conversa. «Ah, é que se fosses dos maus eu ia-me já embora! Mandava já já parar o autocarro!», digo eu a sorrir e a olhar para ele que agora olhava para mim de uma forma intensa. O miúdo, entre nós dois, sorria e explica-me que estava assim vestido «por causa do teatro da escola». Ele continuava a olhar para mim, fixo, sem pestanejar. Mas agora sorria e mordia os lábios, quase como se estivesse a segurar as palavras. Isto dito assim soa a piroso, mas era o que parecia na altura.
Na última paragem da viagem, no Cais do Sodré, quando estávamos os três a sair, ele diz para mim e para o miúdo: «Cuidado: olhem que, às vezes, os bons gostam de se disfarçar de maus para fazerem muitas asneiras» e atira-me um sorriso cúmplice.
Foi o melhor piropo do ano. Pelo menos o mais elaborado. Andar de autocarro faz bem. Não poluímos tanto e ganhamos auto-estima.

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28.11.07

De tpm, está visto

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Mai belho(a) da(o)s Maibelo(a)s

Amanhã ligo-te por causa da operação do outro aos nsjhgdfbahgvcbjh nljçdjhnn, tá?

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Preciso deste homem na minha vida

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No fim-de-semana

Sábado, peguei nos meus doces – a minha sobrinha MJ e o meu filho T – e fomos até ao Oceanário. Uma experiência a repetir. A expectativa era mais que muita e fomos a viagem toda a conversar sobre o mar, os peixes, as algas, os monstros marinhos, o Nemo e a Dori. Assim que chegámos, colámos ao vidro do Peixe-Lua – um grande e “Óoooohhh, um bebé! Tão lindos.” Adoraram. Deixei-os a namorar e só tirava fotografias.
O Oceanário é lindo. Os cinco oceanos e os seus habitats. Os sons. As cores. Adoro a Amália e o Eusébio, apesar de eles fazerem sempre os mesmos movimentos – incomoda-me –, mas claro, escapa às crianças. Elas andavam dum lado para o outro a reconhecer os peixes, as aves, os moluscos, os crustáceos, enfim, tudo. Aprendemos muito com a MJ que parecia saber tudo sobre os “seres marítimos”, como ela própria dizia.
Depois fomos “voar”, nas palavras do T, no teleférico. Ver Lisboa do ar. Eles estavam excitadíssimos. A MJ dizia: “aquele edificio é onde a minha mãe vai ver concertos dos crescidos. É o Pavilhão Atlântico.”
Depois da água e do ar, “descemos à selva”. Fomos brincar aos tigres nos relvados do Parque das Nações. Aí, confesso, já se notam os meus x anos. A energia das criancinhas dá cabo de nós. Acabámos o dia, a jantar, em casa da tia.

No domingo, fomos ao cinema de manhã ver “E Não Viveram Felizes Para Sempre”, que tem umas personagens más muito engraçadas. “É muita fixe”, dizia o T, que se portou tão bem. À tarde, ainda fomos a Benfica ver um campeonato de skate, de skate, tá? (E depois a maibelha sou eu!) Onde assistimos à entrega da medalha de bronze ao meu “genro”. (Ah! Já percebi porque é que sou a Maibelha, sorry.)
Um fim-de-semana de crianças muito e muito agradável. Como sempre!

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27.11.07

On route 66

Notícias della: Está em Brooklin. Não casou em Las Vegas nem viu nenhuma capella. Elvis, só um e de costas. Os irmãos emigrados são chatos. Perderam-se e acabaram na Califórnia. Aventura no Arizona, na Route 66 e sem gasolina no deserto. Em Nova Iorque afinal fuma-se. Ella tem saudades nossas.
E nós della.

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Mulher de 40 tem o dobro do fogo
de uma de vinte e metade da vergonha.

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Proposta

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Personagens insfibrilantes [1]

Senhor you can leave your hat on
Ah, doctor Jones. Vamos epopeiar? Explorar os Dez Mandamentos. Vamos estudar arquelogia... a Arca da Aliança, o Cálice Sagrado... vamos soltar a “a ira de Deus”? Ah, não esqueça o chicote. E de caminho me apresente seu pai. Vamos lá?

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26.11.07

Resoluções de segunda-feira com sol

Acabou a conversa do pneu, daquele altinho nas coxas, dos braços rechonchudos. Daquela dieta que se pode fazer mais aquele exercício para a barriga firme. Eu vou é assumir minha tranca e me pavonear por aí. E cuidar apenas de meu bumbum, assumindo a balzaquiana que sou. Uma nova tia, mais mulher, mais redonda. Uma conveniência da idade? Que se lixe. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. A partir de hoje vou ser a vossa tia rubicunda, tá?

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Bumbum de brasileira

Durinhos, desenhados, empinados, redondinhos, almofadados... filhas de uma égua. Se há coisa que brasileira tem «bão» é o bumbum. E não é lugar comum, não. Brasileira, tem mesmo... cu doce. E do que será? Dos sucos, da malhação, da humidade? Do samba? Acho que é delas mesmo. Quer uma receita? Passeie no corredor sentada, para trás e para a frente. É que um bumbunzão é passaporte de ocultar defeitos. Vocês viram a Playboy da Mônica Veloso? O mulherão «amanda» cá com um coxão e umas trancas... nem sei como passa nas portas. Não reparou, pois não? Mas lembra do bumbum, claro.

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O politicamente correcto...

...explicado às criancinhas:

Não atire o pau no gato-tô-tô
Por que isso-sô
Não se faz-faz-faz
O gati-nhô-nhô
É nosso ami-gô-gô
Não se deve
Maltratar os animais
Miau!

Poupem-se.

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Citações

Andamos vigiados. Precisamos de contar anedotas sobre brancos, pretos, judeus, muçulmanos, gays, machos, mulheres, loiras, morenas, católicos, papas, padres, rabinos, alentejanos, açorianos, portuenses, lisboetas, o que for. Para ver se somos gente normal. Ou se só copiamos os estereótipos politicamente correctos.
Francisco José Viegas, Jornal de Notícias ou aqui

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Viram a Elisabete?

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24.11.07

Viv

Ela arrasou logo comigo quando entrei no carro da tia. Apresentou-se muito simpática e - muito despachada - disse-nos que tinha só de enviar um e-mail pelo seu blackberry (isto dito em brasileiro soa muito melhor). Em casa da Maibelha, parecia um pouco reservada, mas foi só no início, antes de bebermos a primeira garrafa de tinto. Qual quê? A primeira garrafa ainda ia a meio e já estávamos a ouvir a história da vida dela: Egipto, Inglaterra, Itália, França, Brasil, foram muitos os cantos do mundo onde viveu esta mulher que se sente brasileira, mas não é brasileira.
Não sei se consigo descrever assim de uma forma simples a Viv, mas vou tentar. É bonita, vistosa, simpática, directa e tem um monte de histórias que nos fazem rir. E o que nós rimos naquela quinta... As suas expressões arrasam-nos. Quando estamos a tentar recuperar o fôlego de uma piada ela solta logo outra e não há fôlego que aguente. E é tudo muito natural. Não prepara nada, não ensaia nada. A Viv é uma natural stand-up comedian. E não precisa de inventar, basta contar as histórias da sua vida, da sua família. Histórias de amor, de paixão, de sexo, de casamentos, de divórcios, de festas, de acidentes, de tudo. E o mais engraçado - e a prova da sua inteligência - é que Viv consegue brincar e rir consigo própria. E as suas conversas são como as cerejas. Às tantas, queria-nos falar de um livro de exercícios faciais para combater as rugas e o nome não saía... Ai, como si chama meismo essi livro? É por isso que eu nunca vou comprar esse livro, eu nunca lembro o nome meismo!Tapa na Pantera!
Adorei conhecer a Viv. Acho que todas nós adoramos. Viv gostamos di você!

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22.11.07

Tuesday gifts

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Desenhos nas nuvens [2]

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21.11.07

Estou cá com um...

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20.11.07

E eu assim...

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Hoje acordei assim...©

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Onde anda Ella

Por onde anda a Elle, o hotel dElle e do seu Ellvis, o bolo do casamento d'Elles! Temos saudades d'Ella!

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Para a Tatá...

...que eu só conheci no domingo.
A menina dos cachinhos dourados,
a minha sobrinha carioca.
Muitos bjs da tia macuca.

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19.11.07

Para a Elle

O prometido é devido

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Radiador a parafina

Amor, bem sei que de há uns dias para cá apetece-te tudo menos que te chateiem, que falem par ti, que te peçam coisas, que te façam chá, enfim, o que querias mesmo era que o mundo se esquecesse que existes durante uns tempos, para não dizer dias, meses!?
Mas, a mai belha, como sabes é preciso respeitar os mais velhos, precisa de ti, precisa de aquecer a alma e o corpinho, TENHO UM ICEBERG NO MEU QUARTO e, tu tens que me ajudar Tia, tou enxasperada, encongelada, enfriada… I need you, sorry!
Por tua causa, HOJE VOU COMPRAR UM AQUECIMENTO A PARAFINA.

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Cada vez gosto mais deste blog

«Se você gosta da Yoko Ono, não vai gostar deste blog.
Se além da japonesa maluca, também gostar da Bjork,
esqueça. Ouviu? Esqueça.»
Mónica Marques, SushiLeblon

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Custa tão pouco

Lá estava eu, às nove da manhã, perante 25 pares de olhos, a contar a história preferida da minha filha. Durante o fim-de-semana arquitectei várias escapatórias possíveis - inclusive partir um bracinho -, mas não me livrei. A MJ estava eufórica. Fez um power point e tudo. Fez desenhos, contou a história à sua maneira, ensaiou. Eu nada. Hoje de manhã estava tão contente a arrumar o laptop e os desenhos, a contar-me como deveria ler a história, para não fazer vozinhas aos personagens, para não ler os travessões e para fazer de Charlie - o irmão mais velho de Lola, a sua personagem preferida dos livros de Lauren Child. Comoveu-me. Lá fui, encarei os 24 coleguinhas mais a professora que tirava fotos. Fiz a voz de Charlie - sem “criancices” -, dei as deixas, perguntei aos coleguinhas se também não gostavam da “hora de ir para a cama”, mostrei os desenhos da MJ, falei com a professora e deixei a minha filha fazer tudo o resto. Ela dançou, ela pulou, ela imitou os dois cães bailarinos de pijama. No fim, os amiguinhos bateram palmas e ficaram a ver os desenhos da Maria. Antes de sair, ganhei um abraço da minha filha. Custa tão pouco fazê-la feliz.

Em baba: A professora disse-me que a MJ tem uma imaginação prodigiosa. Que é muito criativa e inteligente. E, sobretudo, que é uma criança alegre.

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18.11.07

Tpm

Há dias que não me apetece ser gaja. Sinto-me feia, gorda, vazia, sensível, bruta, horrível, sinto-me mal, à beira de um ataque de nervos. Nesses dias acordo de mau humor e ponho tudo em causa na minha vida. Tpm dizem os especialistas. A Maitena já fez de certeza mais de cem piadas acerca disso. Eu, como não sou a Maitena, fico-me só pelo mau humor. Nesses dias a roupa parece mais apertada, não há nada no armário confortável para eu vestir. Nesses dias não há tapa olheiras que me valha, nem banho que me deixe fresca.
Hoje foi um desses dias. Logo de manhã o X pergunta: "Queres torrada ou pão?" E eu só queria que as torradas se lixassem, que o pão se lixe, que o mundo inteiro se lixe, mas grito: "torradas!", para a coisa não ir mais longe. Respiro fundo. Faço uma pequena pausa e penso que isto é só do tpm, que dentro em breve vai-me passar e que tudo vai voltar à normalidade. A minha mãe telefona-me para me dizer coisas de família que eu não quero saber. Fico verde, azul, de todas as cores. Mas porque é que eu atendo o telefone nestas alturas? Desligo para a coisa não descambar. Estou quase a sair de casa quando ouço alguém a descer as escadas do prédio. Como uma paranóica fico colada à porta de casa à espera que a porta do prédio se feche. Nestes dias nunca me apetece fazer aquela conversa matinal com os vizinhos (nem todos são como a Elle). Para bem de todos.
Na paragem do autocarro as pessoas falam muito alto. Perto de mim um senhor começa a fazer barulhos nojentos com a boca. O autocarro nunca mais vem. Desisto e decido ir de carro. Que se lixe a poluição, o mundo não tem cura mesmo. Dentro do carro a música faz-me relaxar, mas logo a seguir encontro uma fila de trânsito. Sim, uma fila enorme provocada pela brilhante ideia de fecharem o Terreiro do Paço aos domingos para as pessoas que não trabalham aos domingos poderem ir passear, enquanto as pessoas que vão trabalhar aos domingos stressam meia hora numa estúpida fila de trânsito.
Ultrapasso os engonhados da frente. Nestas alturas de tpm os condutores da frente são sempre uns engonhados! Um polícia vem na minha direcção. Presumo que seja para falar comigo, mas eu finjo que não o vejo e discretamente aumento o volume da música tão alta que o polícia não se consegue impor. A fila anda. O polícia fica para trás com cara de parvo. "Eu vou trabalhar senhor polícia! Não vim passear para o Terreiro do Paço!", já tinha preparado o discurso e tudo.
Chego a casa ao fim de um dia que me pareceu mais gelado do que nunca e recebo uma notícia feliz. Faço um chá, meto o meu pijama mais quentinho e enfio-me no sofá com a manta. Há dias que não me apetece ser gaja. Há dias em que não me apetece ser nada.

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17.11.07

Um ano de blog

Let's go party?

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15.11.07

Para a Elle

Pronto. Não estejas assim. Aqui te deixo o anúncio da Gucci realizado pelo teu David Lynch. O prometido é devido. Até logo... com visitas.

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En

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Mon Petit Dictionnaire [D]©

D de...

Deboche
Década
Decote
Dedicatória
Degrau
Delícia
Demais
Descalça
Deserto
Detalhe
Dezassete
Depois
Dicionário
Divórcio
Dormir
Despedida
Ducheses
Duche

Delícia é andar descalça. E decotes. Sou “década 70” e oiço, de pequenina, a palavra desenrascar. Sou pelos detalhes. Dois divórcios, mais um. Minha filha nasceu a dezassete. Amo um desafio, um duche ou dormir. Ah, e o deserto, como é lindo o deserto. Devoro dicionários, e já me dedicaram um livro. E poemas. Em Cuba, um pai-de-santo vaticinou: “cuidado com degraus”. Não gosto de despedidas. Peço desculpa. E desafino. Acabo dietas com ducheses - um deboche. Nada é demais e quase tudo para depois.

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Será?

Recebi e-mails de homens a insultarem-me de não perceber nada de nada. Ou seja, gajas aos cinquenta é que é. Todos eles as enaltecem, porque “ficam mais soltas”, “mais decididas”, “dizem o que gostam”, “fazem e mandam fazer o que realmente querem” e não têm “problemas com o seu corpo”. Nada de balaios fechados, muito pelo contrário. Ora, eu ando curiosa, muito, confesso, mas não ando a perguntar. Falo do que me dizem. Do que me contam. E, é um facto, o gajedo cinquentão anda a “fechar” e a apregoar isso mesmo: acabou-se o sexo. Mas, a avaliar pelo número de e-mails irados de homens - nenhum casado, diga-se de passagem - contra nenhum, melhor, nenhuma indignação por parte das mulheres - pelo menos, até agora – devo depreender que o caso do balaio fechado é uma coisa mesmo só INDOORS. Ou seja, balaio fechado só “dentro do lar” - como diz o Dr. Motowa Radi – ou com conhecidos. Assim sendo, o pessoal apregoa em casa e à família que o balaio está fechado. Dá as suas voltas, libertas de qualquer frete, faz as delícias dos outros e as suas e não conta a ninguém - porque não precisa, porque não pode e porque agora é sábia. É isso? Gosto delas.

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Porque hoje é quinta

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Acordares

A MJ acordou em mode Zits: “A vida é um TPC.”

PS: Sim, sim, já estou ao computador.

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14.11.07

“Fechar o balaio”

Isto começa a ser muuuito preocupante. Já não é a primeira, nem a segunda, nem mesmo a décima pessoa que oiço falar que “fechou o balaio”. Ao que parece, o gajedo por volta dos cinquenta e tal começa a fechar as pernas [eu sei, a expressão é feia]. Ou seja, morre para o sexo, fecha, desinteressa-se. Isto tem acontecido a conhecidos, desconhecidos e a familiares que fazem questão de nos comunicar. Daí, tenho andado a cismar e a ouvir com mais atenção as conversas das senhoras da idade da minha mãe, e das minhas tias. Digo-vos, o entusiasmo é nulo. Elas falam de sexo, riem com o sexo, mas apetite, tesão, nicles. Foi-se. Às vezes, penso se se lembrarão do último orgasmo. Ou dos, ou “do” mesmo. No outro dia, a madrasta de uma amiga, uma cinquentona enxuta, aproximou-se do nosso grupo e perguntou porque riamos à gargalhada. Em tom de graça, disse-lhe que falávamos de sexo, ao que ela me respondeu “o quê, ainda falam disso?”. Fiquei aterrada, a avaliar pelo tom “pretérito-mais-do-que-perfeito” há muito que devia ter fechado o dela. Isto a juntar às histórias de um pai que anda desfeito – ao que parece a geração dele fechou mesmo, e de vez, o balaio. Ele tem 64 anos e continua à cata, não desiste, mas todas lhe dizem que não estão interessadas: “Nem as mais activas, em desespero telefonei à pior, neste caso, a melhor, e ela disse-me, ‘ó filho, estou uma puta reformada, já não penso nisso’.” A ex dele, essa fechou faz tempo, por volta dos 48 – uma emancipada! E agora, ao escrever isto, ainda me lembrei de mais uma história, a da filha de outra amiga que decidiu, com doze anos, comunicar à família que nunca se iria casar. “Pra quê casar se depois é para separar?” A mãe e a avó tentaram persuadi-la dizendo que não é bem assim, e tal e coisa, ao que ela pediu para lhe indicarem um casal que ainda estivesse casado. “Os teus avós, por exemplo”, ao que ela disse, “tá, mas eles não beijam”. Dá que pensar, não?
Estou, verdadeiramente, preocupada. Quantas vezes, nestes anos de casada, já “fechei o balaio”? Sim, várias. Nós, as casadas – isto é para ti R –, temos que rever estas pequenas negas. Se é como dizem, só temos mais uns dezassete anos no activo (eu treze, bem sei, cabra) e depois, quer queiramos quer não, o balaio fecha-se. E como em 50 anos apenas gozaremos 10 horas de orgasmos, tu vê lá o que a malta anda a baixar a estatística. Pois é, deixemo-nos de números, vamos é tomar comprimidos e sais minerais, estimular a libido, arranjar estimulantes, fazer o diabo a quatro, deixarmo-nos de preguiças e vender a alma ao diabo. Porque assim não está a dar. Assim não pode ser mais. Estamos sempre a falar dos homens, mas nós temos que nos esforçar. Ainda por cima, temos uns maridos sempre “prontos”. O que é que queremos mais?
Solteira é que d’us me livre. Pipis indecisos com pilas-não-sei-se-
-meto-não-sei-se-pareça-inteligente, não há orgasmo que venha! Deixemo-nos de tretas, do que é “bom são os começos”, mais o “não me apetece indoor”. Todos os orgasmos contam e eu não quero perder o comboio. Eu não quero ser um pipi encarquilhado. Falamos muito, mas – feitas as contas – nada.
Do it, a lot, começando [ou também] indoor.

PS: Digo eu, quando sei que hoje não hipótese alguma. Eh eh.

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Um gajo desembraiado...

Conversa de dois tipos à minha janela: «Larga essa, pá. Arranja outra. Essa não dá. Um gajo desembraiado...» Elá, fiquei interessada. Sim, um gajo desembraiado, o quê? Nada. Apenas um silêncio em reticências. Será um código dos gajos?

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Tragam-me este homem

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A "ternura" dos ...

Dizem que a vida começa aos ... (aquela idade que me recuso a dizer). Digo eu, a vida, a artrite, a vista cansada, o hábito de contar três vezes a mesma história, a adolescente que tem mais preservativos que nós - e usa-os -, as dores lombares, o telefone que toca ao sábado à noite e nós esperamos que seja engano, a ressaca que leva a não sairmos na noite anterior, o apagar a luz por questões económicas, a moda regressa pela segunda vez e ainda temos coisas da primeira, o olhar para o espelho e pensar: "Estou ou não a ficar sábia?", o trocar das palmadinhas nas costas para dá-las por baixo do queixo, a, invariavelmente, no meio duma noitada termos que adormecer no sofá - de preferência o da Elle... Enfim, como diz o outro: em comparação com uma tartaruga de Galápagos eu sou uma simples criança.

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No Congril [1]

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O armário da P [1]

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O nosso lado da mesa

TS e Elle. Foto daqui.

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E a puta da ensónia..

... que não me deixa endormir?

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Listas...

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Diz-me o que bebes, dir-te-ei quem és

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13.11.07

Ai o caroço do miúdo!

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Iceberg no meu quarto, socorro!

Preciso da Mai Noba do Meio, tenho um iceberg
no meu quarto... ensalva-me!

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Viva o México

«O sentido do passado, da dor, da morte: estes são factores intrínsecos ao México. Mas apesar disso, os mexicanos são o povo mais alegre do mundo, capaz de transformar qualquer acontecimento, incluindo o Dia dos Mortos, numa festa. Riem-se da morte, o que não quer dizer que não a levem a sério. É talvez por possuírem um profundo sentimento trágico da vida que a alegria e a festa estão sempre presentes: a sua atitude é o melhor testemunho da dignidade do homem. A morte, derrotada pelo renascimento, é ora trágica ora cómica.»
Malcolm Lowry, United Nations World

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Obligada [com ranho no dadis]

Estive doentinha. Do cu quente. De manha, ronha, no quentinho. Com a cabeça metida na areia. Tapada. A dormir. Mas o meu queridinho tratou de mim. Deu-me comprimidos, jantar, almoço, lanche, ceia, na caminha... de tabuleiro. Deu-me flores. Fez leite creme. Deu-me beijos e mimos. Muitos mimos. Tratou do adolescente, da casa, levou a mais nova ao hospital, sem eu saber (outra vez alergia ao chocolate), lavou-lhe e secou-lhe o cabelo, fez-lhe um penteado, fechou as portas para não haver ruído... e ainda foi trabalhar. Eu, para variar, esqueço-me do óbvio. Do óbvio ululante. Dizer, apenas, obrigada. Doze anos dão-nos esta insustentável leveza de estar e de achar que o outro deve cuidar de nós. Acho mal. Obrigada, F. Obrigada por estares aqui e obrigada por existires, assim, na minha vida.

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O Pequeno Tomás no Tavares Rico

O pequeno Tomás foi todo bem vestido. Duas camisas e blazer. Fez as honras da festa, muito bem sentado, do lado esquerdo da sua mãe. Comeu nouvelle cuisine, bebeu água (há escola amanhã, nada de coca-cola), brincou às magias, não teve sono ou birras. Só queria o bolo de aniversário - de chocolate - e ficou triste porque ninguém se lembrou das velas. O pequeno Tomás é um cavalheiro.

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12.11.07

GQ: The 50 Most Stylish Men

De Gary Grant a George Clooney, GQ apresenta os 50 homens mais "stylish" dos últimos 50 anos. A comprar e a insfribilar...







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11.11.07

Confuso?

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Oaxaca



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Nas pirâmides


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Na casa da Frida Khalo




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